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Ano: 2023

REDD+ Cerrado: construindo novas oportunidades de conservação

Companhia Brasileira de Aluminio

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

“CBA | Companhia Brasileira de Alumínio
Empresa de grande porte localizada na cidade de Alumínio/SP
Participantes do relato:
Andressa Rissato Brolacci Lamana – Diretora de DHO, Sustentabilidade e SSMA
David Canassa – Diretor Reservas Votorantim
Leandro Campos De Faria – Gerente Geral de Sustentabilidade
Marco Tulio Xavier Lanza – Gerente Legado Verdes do Cerrado
Raquel Martins Montagnoli – Gerente de Sustentabilidade
Ludyane Chaves Agostini Lara – Consultora de Comunicação Corporativa
Kamilla De Souza Barboza Lopes – Coordenadora de Marketing e Comunicação
Bruna Orlandi Bicalho – Analista Sênior de Sustentabilidade
Marina Menezes Giusti – Assistente de Marketing e Comunicação
Prática Implantada: “REDD+ Cerrado: construindo novas oportunidades de conservação”
A CBA produz alumínio, mas também produz floresta e biodiversidade. Alinhada a Estratégia ESG 2030, faz parte da gestão da Companhia prevenir, controlar e mitigar os impactos ambientais das operações, proporcionar melhoria contínua da qualidade ambiental e impactos positivos nos territórios onde está presente.
Como parte de suas iniciativas de conservação da biodiversidade, a CBA é proprietária do Legado Verdes do Cerrado, reserva privada de desenvolvimento sustentável localizado em Niquelândia (GO), com uma área de cerca de 32 mil hectares. Gerido pelas Reservas Votorantim, as iniciativas da Companhia nessas áreas buscam conciliar a conservação do bioma à geração de negócios da nova economia, contribuindo para o desenvolvimento local, a geração de renda para comunidades, a redução dos efeitos das mudanças climáticas, a segurança alimentar, a pesquisa e a inovação na proteção da biodiversidade, além da disseminação de boas práticas de uso do solo e tecnologias mais sustentáveis.
O Legado Verdes do Cerrado compreende um território, cujo tamanho correspondente à cidade de Belo Horizonte, que representa um relevante remanescente de Cerrado no Brasil. Cerca de 20% do espaço é destinado à economia tradicional, enquanto os 80% restantes permanecem como cerrado nativo conservado. Na reserva são desenvolvidas iniciativas como pesquisas, com resultados importantes para a geração de conhecimento sobre o bioma, projetos sociais, além de atividades da nova economia, como produção de plantas e agroflorestas.
Com o intuito de reduzir os impactos causados pelas atividades relacionadas ao uso da terra, como a degradação e o desmatamento de florestas, em 2013, durante a COP-19, criou-se o chamado marco de Varsóvia. Foi esse marco que estabeleceu os requisitos para o reconhecimento de resultados de mitigação no setor florestal em países em desenvolvimento, um mecanismo que prevê retornos financeiros para quem mantém a floresta em pé em áreas contextualmente afetadas por esse tipo de devastação, denominado REDD+.
REDD+ significa Redução (R) de Emissões (E) de gases de efeito estufa provenientes do Desmatamento (D) e da Degradação (D) florestal, considerando o papel da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (+) e é um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Por uma série de motivos, o Brasil colocou o holofote do mercado voluntário de carbono na Amazônia pela importância ecológica e a maior pressão pela preservação desse bioma. Acontece que o Cerrado é um dos biomas mais impactados pelo avanço da fronteira agrícola e trata-se de um bioma tão importante quanto e que estão interligados quando o desafio é frear as mudanças climáticas, a preservação hídrica, entre outros aspectos. A possibilidade do REDD no Cerrado é uma oportunidade preciosa para engajar os proprietários rurais e oferecer uma alternativa econômica para viabilizar a floresta em pé.
Nesse contexto, o projeto REDD Cerrado é o primeiro projeto de certificação de créditos de carbono REDD fora do bioma amazônico no Brasil. O programa, no Legado Verdes do Cerrado, foi co-desenvolvido pela Reservas Votorantim e CBA, em parceria com as assessorias de projetos ambientais ERA e ECCON, e marca o pioneirismo das empresas em viabilizar a primeira emissão de créditos de carbono no Cerrado brasileiro e no bioma na América Latina. O projeto é relevante pois é a primeira vez que produtores e proprietários do bioma terão uma alternativa rentável à produção agrícola, trazendo uma forma de remunerar as atividades de proteção dos ecossistemas, além de ser um importante passo na consolidação do Brasil no mercado voluntário internacional de carbono.”

Relevância para o Negócio:

“A sustentabilidade não é só o ponto de partida da estratégia da Empresa, mas, também parte da sua ambição, visto que Companhia deseja se tornar referência em sustentabilidade no mercado. Dessa forma, o projeto apresentado está totalmente em sinergia com as suas premissas e com todos os compromissos assumidos.
A CBA está comprometida com a agenda de descarbonização. Por ser leve e resistente, 75% de todo o alumínio primário produzido no mundo desde 1888 ainda está em uso. Essas propriedades fazem dele um dos produtos essenciais para um futuro mais sustentável. Por outro lado, a indústria de alumínio é vista como intensiva em carbono devido ao consumo de combustíveis fósseis e de energia para sua produção. Como a CBA possui um alumínio de baixo carbono, uma vez que grande parte de sua fonte de energia é limpa, proveniente de hidrelétricas próprias, esse tema passa a ser um diferencial competitivo e de grande atratividade para seus clientes.
A CBA também tem compartilhado seu forte posicionamento para a produção de alumínio sustentável, em linha com o lançamento do selo Alennium, aplicado no alumínio de baixo carbono da empresa. Outras iniciativas são seus compromissos públicos tanto por meio da Estratégia ESG 2030 como a adesão a organizações e movimentos como Pacto Global, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Acordo de São Paulo, Science Based Targets (SBTi), TCFD, First Movers Coalition, além da Certificação ASI.
Em 2022, a CBA se tornou a primeira empresa de alumínio primário do mundo a ter nota “A” pela liderança em transparência corporativa e gestão de mudanças climáticas pelo CDP (Disclosure Insight Action). Obteve aprovação de 3 (três) metas de redução de emissões de carbono pelo SBTi, provando que as projeções da empresa estão fundamentadas na ciência. E realizou a emissão pioneira do 1º crédito de carbono do bioma Cerrado a partir de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD+), que será o tema deste case. O programa tem capacidade de emitir médias anuais de 50 mil créditos por 30 anos.
A CBA está madura para lidar com as questões climáticas e é também proativa na busca de soluções para mitigar seus impactos. Até 2030, em sua Estratégia ESG, estão presentes os objetivos de reduzir em 40% as emissões de CO2 (na média dos produtos fundidos, desde a mineração), ter uma linha de produtos carbono neutro, definir trajetória da neutralização nas emissões até 2050, definir plano de adaptação às mudanças climáticas e ter 100% de fontes renováveis de energia elétrica nos processos produtivos.
A geração de créditos de carbono vai em linha com esses objetivos, permitindo que a empresa possa planejar sua neutralidade de emissões, além de garantir a preservação da floresta e da biodiversidade. Por isso, a CBA é uma das empresas participantes de uma iniciativa comandada pela McKinsey & Company a fim de estruturar ações para desenvolver o mercado voluntário de carbono no Brasil. O movimento busca ampliar a oferta de carbono, desenvolver os instrumentos financeiros necessários para alinhar a demanda com a oferta, definir requisitos para um mercado de alta integridade, explorar as principais implicações fiscais, projetar um órgão de governança independente para coordenar o mercado e elaborar a estratégia de engajamento com os stakeholders estratégicos.”

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

“No Legado Verdes do Cerrado a inovação já parte de sua criação como uma Reserva Privada de Desenvolvimento Sustentável, seguindo o modelo inovador de sucesso do Legado das Águas, onde a CBA é uma das fundadoras e mantenedoras. A Reservas Votorantim é responsável pela gestão das áreas e por aplicar o modelo de uso múltiplo do território nas áreas em que administra, buscando um modelo de negócio autossustentável.

Promover a conservação da floresta em conjunto com geração de renda e desenvolvimento local é um grande desafio e a geração de créditos de carbono vai em linha com esse objetivo. Desde a criação do Legado Verdes do Cerrado, a Reservas Votorantim e a CBA vislumbraram desenvolver um mercado de carbono no Cerrado, mas foi em 2020, após assinatura de contrato entre a CBA, Reservas Votorantim, ERA e ECCON, assessorias de projetos ambientais, que foi decidido pela adequação do REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) usado na Amazônia, em que se prevê a geração de créditos a partir de um percentual de áreas produtivas não desmatadas, se mostrou o mais adequado para servir de base para o Cerrado, onde a agropecuária tem presença forte.
Esta seria uma inovação para o bioma, e um passo jamais dado pela iniciativa privada brasileira. Em 2022, a CBA e a Reservas Votorantim, conseguiram avançar e concluir o primeiro projeto de certificação de créditos de carbono REDD+ no Cerrado brasileiro. Com metodologia inédita e de reconhecimento internacional, se tornou um importante avanço na consolidação do Brasil no mercado voluntário internacional de carbono. A iniciativa é alavanca para a conservação da floresta em pé, fomento para o mercado de carbono no Brasil e um caminho para a construção de uma consciência colaborativa em prol do desenvolvimento sustentável.
O REDD+ Cerrado é relevante, pois o bioma está em franca degradação, impulsionado pelo avanço da fronteira agrícola. O projeto foi desenvolvido de forma que outros proprietários de terras no bioma possam se pautar na metodologia e, também, gerar créditos de carbono em suas áreas, promovendo um grande impacto para a região em termos ambientais e sociais. É a primeira vez que produtores e proprietários terão uma alternativa rentável à produção agrícola, trazendo uma forma de remunerar as atividades de proteção dos ecossistemas. Além do REDD+ Cerrado, a CBA também está desenvolvendo projetos socioambientais no Legado Verdes do Cerrado para capacitar os produtores da região do entorno a adotar técnicas de produção de menor impacto, que não gerem aumento de custos, mas protejam o bioma. Dentre eles, temos a agrofloresta semimecanizada, onde diferentes tipos de produtos agrícolas podem ser produzidos em espaços mais reduzidos, projeto esse feito em parceria com jovens produtores locais (25 foram capacitados na metodologia). Outra é a prática da agropecuária com manejo integrado, reduzindo o uso de químicos e defensivos, além da integração lavoura pecuária.
A iniciativa tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade do Cerrado e conta com o apoio das consultorias ERA (Ecosystem Regeneration Associates) e ECCON Soluções Ambientais no desenvolvimento e implementação do projeto. Além da metodologia inédita e com reconhecimento global, o Programa REDD+ Cerrado tem um componente inovador entre os projetos REDD para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e evitar o desmatamento e conservar áreas florestais.
Foram mais de dois anos de estudo para adaptar ao Cerrado a metodologia que até então era aplicada somente na Amazônia, conferindo um caráter inédito entre os projetos REDD. Os créditos de carbono do Legado Verdes do Cerrado estão auditados e foram registrados na Verra e contam com o selo Social Carbon, que atesta que há adicionalidade associada a questões sociais ligadas à manutenção da vegetação. Na fase inicial de aplicação do plano associado ao Social Carbon, foram executadas iniciativas voltadas para a conservação das áreas, mas, também, considerando a geração de oportunidades para o público feminino e capacitação de jovens. Dentre elas, destacam-se o curso para operadoras de máquinas agrícolas, a disseminação das melhores práticas de gestão para prevenção de queimadas em parceria com o corpo de bombeiros, o treinamento de estudantes de escolas em Niquelândia, a oferta de oficinas para produção de abafadores de incêndio para proprietários rurais e o desenvolvimento de um plano integrado para colaboração mútua no combate a incêndios. Adicionalmente, um projeto foi criado com o objetivo de estabelecer corredores ecológicos e mosaicos produtivos para conectar diferentes paisagens.”

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“CBA | Companhia Brasileira de Alumínio
Empresa de grande porte localizada na cidade de Alumínio/SP
Participantes do relato:
Andressa Rissato Brolacci Lamana – Diretora de DHO, Sustentabilidade e SSMA
David Canassa – Diretor Reservas Votorantim
Leandro Campos De Faria – Gerente Geral de Sustentabilidade
Marco Tulio Xavier Lanza – Gerente Legado Verdes do Cerrado
Raquel Martins Montagnoli – Gerente de Sustentabilidade
Ludyane Chaves Agostini Lara – Consultora de Comunicação Corporativa
Kamilla De Souza Barboza Lopes – Coordenadora de Marketing e Comunicação
Bruna Orlandi Bicalho – Analista Sênior de Sustentabilidade
Marina Menezes Giusti – Assistente de Marketing e Comunicação
Prática Implantada: “REDD+ Cerrado: construindo novas oportunidades de conservação”
A CBA produz alumínio, mas também produz floresta e biodiversidade. Alinhada a Estratégia ESG 2030, faz parte da gestão da Companhia prevenir, controlar e mitigar os impactos ambientais das operações, proporcionar melhoria contínua da qualidade ambiental e impactos positivos nos territórios onde está presente.
Como parte de suas iniciativas de conservação da biodiversidade, a CBA é proprietária do Legado Verdes do Cerrado, reserva privada de desenvolvimento sustentável localizado em Niquelândia (GO), com uma área de cerca de 32 mil hectares. Gerido pelas Reservas Votorantim, as iniciativas da Companhia nessas áreas buscam conciliar a conservação do bioma à geração de negócios da nova economia, contribuindo para o desenvolvimento local, a geração de renda para comunidades, a redução dos efeitos das mudanças climáticas, a segurança alimentar, a pesquisa e a inovação na proteção da biodiversidade, além da disseminação de boas práticas de uso do solo e tecnologias mais sustentáveis.
O Legado Verdes do Cerrado compreende um território, cujo tamanho correspondente à cidade de Belo Horizonte, que representa um relevante remanescente de Cerrado no Brasil. Cerca de 20% do espaço é destinado à economia tradicional, enquanto os 80% restantes permanecem como cerrado nativo conservado. Na reserva são desenvolvidas iniciativas como pesquisas, com resultados importantes para a geração de conhecimento sobre o bioma, projetos sociais, além de atividades da nova economia, como produção de plantas e agroflorestas.
Com o intuito de reduzir os impactos causados pelas atividades relacionadas ao uso da terra, como a degradação e o desmatamento de florestas, em 2013, durante a COP-19, criou-se o chamado marco de Varsóvia. Foi esse marco que estabeleceu os requisitos para o reconhecimento de resultados de mitigação no setor florestal em países em desenvolvimento, um mecanismo que prevê retornos financeiros para quem mantém a floresta em pé em áreas contextualmente afetadas por esse tipo de devastação, denominado REDD+.
REDD+ significa Redução (R) de Emissões (E) de gases de efeito estufa provenientes do Desmatamento (D) e da Degradação (D) florestal, considerando o papel da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (+) e é um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Por uma série de motivos, o Brasil colocou o holofote do mercado voluntário de carbono na Amazônia pela importância ecológica e a maior pressão pela preservação desse bioma. Acontece que o Cerrado é um dos biomas mais impactados pelo avanço da fronteira agrícola e trata-se de um bioma tão importante quanto e que estão interligados quando o desafio é frear as mudanças climáticas, a preservação hídrica, entre outros aspectos. A possibilidade do REDD no Cerrado é uma oportunidade preciosa para engajar os proprietários rurais e oferecer uma alternativa econômica para viabilizar a floresta em pé.
Nesse contexto, o projeto REDD Cerrado é o primeiro projeto de certificação de créditos de carbono REDD fora do bioma amazônico no Brasil. O programa, no Legado Verdes do Cerrado, foi co-desenvolvido pela Reservas Votorantim e CBA, em parceria com as assessorias de projetos ambientais ERA e ECCON, e marca o pioneirismo das empresas em viabilizar a primeira emissão de créditos de carbono no Cerrado brasileiro e no bioma na América Latina. O projeto é relevante pois é a primeira vez que produtores e proprietários do bioma terão uma alternativa rentável à produção agrícola, trazendo uma forma de remunerar as atividades de proteção dos ecossistemas, além de ser um importante passo na consolidação do Brasil no mercado voluntário internacional de carbono.”

Gestão da Prática Relatada:

“O Legado Verdes do Cerrado é uma área de 32 mil hectares em Niquelândia (GO), 80% composta por cerrado nativo, com parte da área dedicada à negócios da nova economia, como produção de plantas e restauração florestal, onde também são realizadas pesquisas científicas e ações de educação ambiental; e os outros 20% destinados à economia tradicional (agricultura e pecuária), com produção e manejo diferenciado e integrado à natureza.
A CBA é proprietária e mantenedora integral do Legado Verdes do Cerrado e a Reservas Votorantim é a responsável pela gestão do território e aplicação do modelo de negócio que visa demonstrar o valor da floresta em pé, provando que é possível gerar negócios com responsabilidade em áreas protegidas, garantindo a manutenção do local e fomentando novas cadeias produtivas, além de colaborar na proteção da biodiversidade e no aumento do sequestro e manutenção dos estoques de carbono.
Os créditos de carbono gerados nesse projeto foram auditados e registrados pela plataforma global Verra, que faz a custódia dos créditos. A empresa criou os Verified Carbon Standards (VCS), padrões que são tidos como referência atualmente. A metodologia utilizada (VM0009) é específica para florestas e savanas, aplicada para desmatamento planejado (avoided planned conversion – APD), no contexto do bioma. A expectativa é que, ao possibilitar a emissão de crédito de carbono a partir do Cerrado, grandes empresas em todo o mundo poderão atingir o objetivo de reduzir suas emissões e alcançar o carbono neutro, além de impulsionar um mercado nacional com enorme potencial.
Parte dos recursos serão direcionados ao entorno do Legado, mas também será usado para a criação de um comitê de gestão do REDD+ Cerrado para acompanhar o planejamento financeiro e monitorar a aplicação correta dos recursos gerados.”

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“O Programa também poderá ajudar grandes empresas em todo o mundo a atingir o objetivo de reduzir suas emissões e alcançar o carbono neutro. Além disso, é o primeiro projeto REDD+ no Cerrado, abrindo amplamente a possibilidade para que outros proprietários da região se pautem na metodologia, agora já desenvolvida e aprovada internacionalmente, para gerar novos créditos de carbono em novas áreas do Cerrado brasileiro e, também, para abrir portas para utilização do REDD+ em outros biomas além do amazônico. Por conta disso, no ano passado, a CBA foi convidada a apresentar esse case na COP27 sobre o clima, realizada na COP 15 sobre biodiversidade, no Canadá.
Além disso, a criação desse projeto em um bioma inovador também abre portas para que qualquer instituição busque criação de projetos REDD+ em biomas ainda não explorados nesse sentido, não apenas no Brasil, visto que a nova metodologia foi aprovada internacionalmente.
Em consonância com o ODS 17 – Parcerias e meios de implementação, destaca-se a importância de se estabelecer parcerias para viabilizar e concretizar ações que tragam benefícios para os pilares ambiental e social, além de aumentar a eficiência da empresa e impactar positivamente os seus resultados.
Por meio da geração de emprego e renda com a contratação de mão-de-obra local; com a participação feminina no quadro de funcionários; com as mais de 50 parcerias firmadas com inciativas privadas e sociedade civil organizada, instituições de pesquisa e ensino; com a produção de mais de 80 espécies de plantas nativas para reflorestamento e paisagismo sustentável; e com o engajamento da comunidade local em ações de conservação por meio do Programa Portas Abertas, o qual possibilita o acesso ao território de forma gratuita para reforçar a importância do cuidado com a proteção do bioma, o Legado Verdes do Cerrado, local do REDD+ Cerrado, desde o início promove ações associadas aos ODS 1, 2, 4, 5, 8 e 17
Em ações climáticas, o modelo de negócio da Reserva possui 80% de seu território composto por Cerrado em alto grau de conservação que, a partir das diferentes atividades desenvolvidas no território ligadas aos ODS 2, 12 e 13, contribui direta e indiretamente com ações para a mitigação de mudanças climáticas. Como exemplos de ações temos a doação de mais de 100 mil plantas nativas para reflorestamento de áreas degradadas e arborização urbana; implementação de agrofloresta; desenvolvimento de pesquisa científica em parceria com universidades reconhecidas nacionalmente para medição de carbono no solo e áreas florestadas; e a identificação de que o território estoca mais de 690 mil toneladas de carbono.
Além disso, desde sua criação, o Legado Verdes do Cerrado também promove e contribui com o desenvolvimento de programas e projetos de pesquisas ligados à conservação da do norte de Goiás; e ações para recuperação de nascentes da região.”