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Ano: 2023

Recuperação ambiental no meio urbano: A Agrofloresta do Condomínio Florestal Florata

BIAPÓ URBANISMO LTDA

Categoria: Produtos ou Serviços

Aspectos Gerais da Prática:

“Com mais de 30 anos de mercado, a Biapó Construtora fez sua história com a realização de restaurações relevantes pela visibilidade artística e arquitetônica como o complexo de Congonhas com esculturas de Aleijadinho (MG), o mercado de Manaus (AM), o conjunto da Pampulha em Belo Horizonte (MG) e o palácio da Casa da Moeda no Rio de Janeiro. Pela complexidade da engenharia merecem destaque o salvamento emergencial após a enchente em São Luís do Paraitinga (SP) e a recuperação da Matriz de Pirenópolis (GO), após o incêndio.
A Biapó Urbanismo nasceu a partir da ideia de que a experiência acumulada na recuperação de edifícios e locais históricos, artísticos e culturais poderia ser aplicada ao espaço urbano. A empresa e seus profissionais já haviam acumulado alguma experiência em centros históricos tradicionais, mas nunca investido em desenvolver um projeto urbanístico a partir de um espaço natural.
Assim, a empresa surge com o desejo de recuperar um espaço natural degradado e adaptá-lo para o uso integrado entre habitação humana e preservação da natureza. É claro que se trata de um desafio, pois tradicionalmente esses dois usos sempre foram excludentes e antagônicos: destruía-se a natureza para adaptar o espaço à ocupação urbana. A Biapó Urbanismo busca conciliar essas duas propostas: provocar a interação entre ocupação humana e preservação do patrimônio natural.
Os primeiros estudos iniciaram-se em 2013, inicialmente com o objetivo de desenvolver um conceito. Em seguida, buscou-se no mercado um grupo de arquitetos e urbanistas que se relacionassem com estes parâmetros conceituais: interferência mínima no espaço natural, valorização dos ativos naturais, sensibilidade para compatibilizar ocupação com preservação. Nascia ali o conceito de Condomínio Florestal.
O Grupo Quatro, especialmente na figura de seu diretor, Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, responsável pelo projeto urbanístico de Palmas, não só entendeu o conceito, como abraçou a ideia e a elevou a um mais patamar. Logo em seguida, com a parceria criada com a arquiteta e paisagista Yara Hasegawa, compreendemos que havíamos compartilhado ideias com a melhor equipe da região, para levar a frente.
A partir daí, houve uma interação virtuosa entre o conceito e sua materialização, o que culminou no projeto pioneiro no País: a natureza vista como um ativo a ser valorizado por meio do uso compatibilizado entre ocupação e preservação.
No processo de implantação do Condomínio Florestal Florata, um condomínio residencial de grandes áreas – com unidades a partir de 2 mil m² –, identificou-se como principal atrativo da região a paisagem natural da região norte de Goiânia, médio vale do Córrego Capivara. Entretanto, a área tinha partes degradadas por décadas de uso como pastagem. Decidiu-se, portanto, recuperar essas áreas e constituir um parque ambiental que mantivesse essa área para gerações futuras.
A presença de uma área de preservação permanente (APP) na área do empreendimento permitiu conceber o Parque Cultural Florata, anexo ao condomínio previu-se não só a preservação da mata e nascentes nativas, mas também a integração das manchas remanescentes do cerrado nativo por meio da recuperação das áreas degradadas. Além de todo o cuidado investido na preservação da natureza, o Parque conta com atrações culturais, integrando fauna, flora e arte.
Após realizados estudos acerca do processo de recuperação optou-se pela implantação de uma área com agrofloresta, um sistema de produção que imita o que a natureza faz normalmente: o solo sempre coberto pela vegetação, diversos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras, sem problemas com “pragas” ou “doenças” e dispensando o uso de venenos. O sistema agroflorestal é um conceito relativamente novo no Brasil e foi trazido pelo Suíço Ernst Gotsch, que reflorestou toda uma área no nordeste do país. A partir disso, a agricultura sintrópica, como é denominada, foi disseminada e, no Condomínio Florestal Florata temos a parceria com o biólogo Murilo Arantes, um estudioso do método de Gotsch, na missão da implantação e manejo de nosso sistema agroflorestal.
Nos sistemas agroflorestais, encontramos uma mistura de culturas anuais, árvores perenes, frutíferas e leguminosas em uma mesma região e, como resultado principal, restauramos o solo, nascentes, trazemos de volta a fauna local e produzimos alimentos. A natureza é colocada como protagonista na recuperação do ambiente.
O objetivo da agrofloresta foi criar, em curtíssimo prazo, um corredor ecológico entre uma área de Reserva Legal e uma área de preservação permanente (APP), recuperando as áreas degradadas de pastagem, devolvendo este espaço à fauna nativa da região e mantendo-a como um ativo ambiental a ser usufruído pelos moradores do condomínio e público da cidade. Os resultados da prática foram rapidamente observados. Desde o início da implantação, em dezembro de 2017, a área foi ganhando novos contornos e a natureza foi recuperando seu protagonismo.

Relevância para o Negócio:

“Utilizar a experiência acumulada na recuperação de edifícios e locais históricos, artísticos e culturais no espaço urbano. Assim, uma empresa que está há 30 anos trabalhando com restauração pelo país, decidiu desenvolver um projeto urbanístico a partir de um espaço natural. E mais que isso, decidiu recuperar este espaço degradado e adaptá-lo para o uso integrado entre habitação humana e preservação da natureza.
Antes de partir para a execução, a Biapó Urbanismo decidiu que elaboraria um planejamento cuidadoso e detalhado, buscando contemplar as várias facetas da complexidade de um projeto urbanístico e dando segurança financeira a parceiros e investidores.
Tradicionalmente, empreendimentos imobiliários e natureza são excludentes e antagônicos: destrói-se a natureza para adaptar o espaço à ocupação urbana. Porém, as épocas mudaram, as necessidades evoluíram e, em meio ao caos das metrópoles, o sossego e a necessidade de investir em qualidade de vida se fazem necessários e urgentes. Nesse contexto, o Condomínio Florestal Florata, com a criação do Parque Cultural Florata, ganhou relevância no mercado imobiliário da capital do estado de Goiás.
A aceitação do Condomínio pode ser verificada logo no lançamento da primeira etapa, onde as 191 unidades foram vendidas em curto espaço de tempo entre os meses de junho a novembro de 2018. Atualmente, a Biapó Urbanismo lançou a segunda etapa do empreendimento, com 377 unidades, das quais 60% foram vendidas entre os meses de setembro de 2022 a maio de 2023.
Todo o conceito de criação do Condomínio é centrado na preservação, integração e uso responsável da natureza, estando materializado não somente na criação da agrofloresta, mas nas ações do processo de implantação do empreendimento, onde nenhuma espécie vegetal autóctone é eliminada e reduz-se ao mínimo os movimentos de terraplenagem; consequentemente, minimiza-se o impacto da ocupação.” “Após o desenvolvimento do conceito inicial de preservação e uso, partimos para expor essa ideia a profissionais da área. Aos poucos esses profissionais iam se encantando com o conceito e trazendo contribuições ainda mais ousadas.
Cada vez que imaginávamos que a sinergia estava com grau muito elevado, buscávamos mediadores externos para testar o grau de exequibilidade empresarial e financeira – uma boa ideia para que se torne comercialmente viável precisa achar seu caminho na prática do mercado. E mesmo com discussões com participantes oriundos dos mais diversos segmentos – corretores, investidores (equity, debênture e hedge), fornecedores e construtores –, o conceito sempre emergia ainda mais forte.”

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“Com mais de 30 anos de mercado, a Biapó Construtora fez sua história com a realização de restaurações relevantes pela visibilidade artística e arquitetônica como o complexo de Congonhas com esculturas de Aleijadinho (MG), o mercado de Manaus (AM), o conjunto da Pampulha em Belo Horizonte (MG) e o palácio da Casa da Moeda no Rio de Janeiro. Pela complexidade da engenharia merecem destaque o salvamento emergencial após a enchente em São Luís do Paraitinga (SP) e a recuperação da Matriz de Pirenópolis (GO), após o incêndio.
A Biapó Urbanismo nasceu a partir da ideia de que a experiência acumulada na recuperação de edifícios e locais históricos, artísticos e culturais poderia ser aplicada ao espaço urbano. A empresa e seus profissionais já haviam acumulado alguma experiência em centros históricos tradicionais, mas nunca investido em desenvolver um projeto urbanístico a partir de um espaço natural.
Assim, a empresa surge com o desejo de recuperar um espaço natural degradado e adaptá-lo para o uso integrado entre habitação humana e preservação da natureza. É claro que se trata de um desafio, pois tradicionalmente esses dois usos sempre foram excludentes e antagônicos: destruía-se a natureza para adaptar o espaço à ocupação urbana. A Biapó Urbanismo busca conciliar essas duas propostas: provocar a interação entre ocupação humana e preservação do patrimônio natural.
Os primeiros estudos iniciaram-se em 2013, inicialmente com o objetivo de desenvolver um conceito. Em seguida, buscou-se no mercado um grupo de arquitetos e urbanistas que se relacionassem com estes parâmetros conceituais: interferência mínima no espaço natural, valorização dos ativos naturais, sensibilidade para compatibilizar ocupação com preservação. Nascia ali o conceito de Condomínio Florestal.
O Grupo Quatro, especialmente na figura de seu diretor, Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, responsável pelo projeto urbanístico de Palmas, não só entendeu o conceito, como abraçou a ideia e a elevou a um mais patamar. Logo em seguida, com a parceria criada com a arquiteta e paisagista Yara Hasegawa, compreendemos que havíamos compartilhado ideias com a melhor equipe da região, para levar a frente.
A partir daí, houve uma interação virtuosa entre o conceito e sua materialização, o que culminou no projeto pioneiro no País: a natureza vista como um ativo a ser valorizado por meio do uso compatibilizado entre ocupação e preservação.
No processo de implantação do Condomínio Florestal Florata, um condomínio residencial de grandes áreas – com unidades a partir de 2 mil m² –, identificou-se como principal atrativo da região a paisagem natural da região norte de Goiânia, médio vale do Córrego Capivara. Entretanto, a área tinha partes degradadas por décadas de uso como pastagem. Decidiu-se, portanto, recuperar essas áreas e constituir um parque ambiental que mantivesse essa área para gerações futuras.
A presença de uma área de preservação permanente (APP) na área do empreendimento permitiu conceber o Parque Cultural Florata, anexo ao condomínio previu-se não só a preservação da mata e nascentes nativas, mas também a integração das manchas remanescentes do cerrado nativo por meio da recuperação das áreas degradadas. Além de todo o cuidado investido na preservação da natureza, o Parque conta com atrações culturais, integrando fauna, flora e arte.
Após realizados estudos acerca do processo de recuperação optou-se pela implantação de uma área com agrofloresta, um sistema de produção que imita o que a natureza faz normalmente: o solo sempre coberto pela vegetação, diversos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras, sem problemas com “pragas” ou “doenças” e dispensando o uso de venenos. O sistema agroflorestal é um conceito relativamente novo no Brasil e foi trazido pelo Suíço Ernst Gotsch, que reflorestou toda uma área no nordeste do país. A partir disso, a agricultura sintrópica, como é denominada, foi disseminada e, no Condomínio Florestal Florata temos a parceria com o biólogo Murilo Arantes, um estudioso do método de Gotsch, na missão da implantação e manejo de nosso sistema agroflorestal.
Nos sistemas agroflorestais, encontramos uma mistura de culturas anuais, árvores perenes, frutíferas e leguminosas em uma mesma região e, como resultado principal, restauramos o solo, nascentes, trazemos de volta a fauna local e produzimos alimentos. A natureza é colocada como protagonista na recuperação do ambiente.
O objetivo da agrofloresta foi criar, em curtíssimo prazo, um corredor ecológico entre uma área de Reserva Legal e uma área de preservação permanente (APP), recuperando as áreas degradadas de pastagem, devolvendo este espaço à fauna nativa da região e mantendo-a como um ativo ambiental a ser usufruído pelos moradores do condomínio e público da cidade. Os resultados da prática foram rapidamente observados. Desde o início da implantação, em dezembro de 2017, a área foi ganhando novos contornos e a natureza foi recuperando seu protagonismo.

Gestão da Prática Relatada:

Para que a agrofloresta tenha sucesso em seu objetivo de recuperação ambiental, é feito um estudo constante acerca das necessidades do meio ambiente. Essa análise fornece informações sobre quais serão os próximos passos e quais espécies serão plantadas. Dentro dos sistemas agroflorestais, na mesma linha onde estão plantadas as árvores que futuramente vão compor esse sistema são plantados alimentos diversos, justamente para enriquecer e não trabalhar com a monocultura. Além disso, é feita a rotação das culturas, trazendo os nutrientes diversos que o solo e as espécies necessitam para seu desenvolvimento. E todo esse processo é feito sem o uso de agrotóxicos, conferindo à agrofloresta a característica de que todos os alimentos são, de fato, orgânicos.

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“Toda inspiração para plantar uma agrofloresta vem da própria natureza. Ao observarmos o desenvolvimento das florestas, logo perceberemos que existem leis e processos naturais que criam ao longo do tempo condições para a sobrevivência das espécies. Todos os organismos vivos em uma floresta cooperam para manter o equilíbrio e a saúde do ambiente. Compreendendo bem como a natureza se organiza, podemos cultivar nossos alimentos e ao mesmo tempo plantar verdadeiras florestas.
Com esta ideia de equilíbrio podemos entender que, de fato, recuperar a natureza não é somente uma ideia; é uma necessidade real. Nos últimos anos temos vivenciado mudanças climáticas cada vez mais perceptíveis e produtos e serviços sustentáveis são o futuro que esperamos encontrar no mercado. Os empreendimentos imobiliários não podem estar alheios a esta responsabilidade ambiental e o Condomínio Florestal Florata é um exemplo de sucesso de como é possível conciliar natureza e novas frentes de ocupação urbana.
Atualmente, o Condomínio Florestal Florata encontra-se em sua segunda etapa de desenvolvimento, com a criação e venda de novas unidades. Consequentemente, com um número maior de moradores, já foi iniciada a área de expansão da nossa agrofloresta, ampliando não somente a área de cultivo de alimentos, mas a área de preservação ambiental.
Muito além de perspectivas de vendas, fornecer um produto que se compromete a causar um impacto verdadeiramente positivo no meio-ambiente é o que motiva as ações da Biapó Urbanismo. Assim como nós, outras empresas, construtoras e incorporadoras podem aplicar sistemas agroflorestais em seus empreendimentos. O que esperamos é que nosso exemplo possa alcançar os quatro cantos do país, mostrando que é possível trabalhar em equilíbrio com a natureza.”