SDB COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA
“O Grupo Pereira criou a área de Projetos Sociais em 2019, e desde então vem trazendo ações e projetos focados ao propósito da empresa em ser um bom lugar para passar a vida, transformando as pessoas e o ambiente ao nosso redor. Entretanto, antes mesmo da criação do setor, já haviam ações ocorrendo paralelamente às demandas de cada filial.
Desde 2014, o Grupo deu início às contratações do público de apenados do regime semiaberto diretamente com o contato com o presídio. Em uma unidade da bandeira Bate Forte, no estado de Mato Grosso do Sul, foram contratados quatro reeducandos do regime semiaberto para compor a equipe de manutenção.
O principal objetivo do projeto Reeducandos é ajudar na ressocialização e recolocação de detentos em regime semiaberto no mercado de trabalho, promovendo cidadania e, consequentemente, diminuindo a reincidência de crimes.
Com a grande aprovação dos gestores e a satisfação dos reeducandos, foi realizada a formalização de um projeto, em 2019, para bandeiras do varejo Comper e Fort Atacadista com o apoio do Conselho da Comunidade – órgão que acompanha e intermedia o contato entre empresa e presídio. Atualmente, são destinadas 39 vagas no estado do Mato Grosso do Sul, distribuídas em 14 filiais. Além disso, em 2021, foi construído um espaço para a reforma de todos os carrinhos; nesta unidade, além de um gestor contratado da empresa, temos mais cinco reeducandos, totalizando 44 assistidos.
Em 2022, iniciamos a expansão do projeto para Brasília, com a contratação de 12 reeducandos, distribuídos em 5 lojas do estado agora com a parceria da FUNAP, órgão de Brasília que realiza o intermédio entre empresa e presídio. Além disso, já estamos em negociação para mais uma sede para reforma dos carrinhos prevista para o início do segundo semestre de 2023.
Para que o projeto se tornasse possível, foram feitas rodadas de conversas com os principais líderes da empresa, nas quais alinhamos expectativas. Na sequência, foram realizadas sensibilizações com todos os funcionários da filial no qual o reeducando faria parte. Nestes debates foram constatados pontos de atenção para possíveis casos de preconceito, que foram tratados com a gestão da loja.
O investimento inicial previa o pagamento da mão de obra do reeducando, que representa 1 salário mínimo em MS, e ¾ de um salário mínimo inicial em DF, mais 10% do salário do reeducando que é repassado ao Conselho da Comunidade em MS, e à Funap em DF, entidades que realizam todo acompanhamento dos mesmos. Para o projeto foi utilizado verba orçamentária prevista para os 56 reeducandos. No total é investido cerca de R$65.000,00 mensalmente.
Temos retorno positivo quanto a central de carrinhos com a redução de custo, comparada ao trabalho terceirizado, e agilidade no processo de reparos, ganhando em qualidade com mão de obra carcerária e retorno para as filiais.
Com o passar dos anos, notamos a grande melhora nos setores que contemplam o público carcerário, com pessoas dispostas a trabalhar com empenho e dedicação. Ao todo, cerca de 500 reeducandos já passaram pelo projeto, no qual permanecem conosco até a finalização da pena, podendo na sequencia ser contratado como CLT.
Desde 2019, começamos a acompanhar as saídas e possíveis contratações, o que resultou em 17 reeducandos contratados no regime CLT; destes, três já receberam promoções.
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“São pessoas que estão dispostas a trabalhar e que fizeram grande diferença na rotina de loja. No dia a dia foram notadas as habilidades referentes à organização, educação e respeito às ordens. É um projeto que realmente busca a inserção de um público que precisa do apoio de empresas para voltar ao mercado de trabalho.
Inicialmente o projeto começou pequeno, com poucas vagas oferecidas e hoje conta com ônibus próprio adquirido pela empresa a fim de realizar o transporte dos mesmos entre Centro Penal da Gameleira e as filiais participantes. Além de oferecer dignidade ao assistido, com direito ao café da manhã, almoço e demais benefícios oferecidos aos demais colaboradores.
Hoje temos a proposta de expansão para criação de posto de trabalho para a central de carrinhos nas filais de MT e SC onde já estamos em processo de negociação; se tornou uma proposta social, mas que também auxilia na rotina da loja e torna o ambiente de trabalho diverso e colaborativo.
O projeto tem ganhado força e demais áreas de negócios estão criando oportunidades, assim como a área de manutenção que viu oportunidade em criar a nossa própria central de carrinhos, formar profissionais de manutenção com mão de obra carcerária e realizar a manutenção de carrinhos das filiais Comper e Fort Atacadista, que anteriormente era feita por empresa terceirizada.
Vale ressaltar que o projeto está ligado ao nosso propósito e vinda de grande desejo do presidente da empresa, Beto Pereira: “São pessoas que procuram uma nova chance na vida trabalhando, uma oportunidade de buscar sustento para sua família. O projeto já nos trouxe muitas alegrias.”
” “A ressocialização é muito dita ao que tange o sistema penitenciário para quem está privado de liberdade, mas muitos ainda não têm a oportunidade de recolocação no mercado de trabalho.
O percentual de presos trabalhando em MS supera a média nacional. Ao todo, 36% dos detentos do estado estavam empregados em 2022. Os dados são do Infopen (Sistema de Informações Penitenciárias) e demonstra grande evolução nas contratações comparadas à cinco anos atrás, por exemplo, com 18% a mais.
Ainda conforme dados do Infopen, os reeducandos são inseridos em setores como produção industrial, construção civil, frigoríficos, dentre outras áreas de produção. Já o Grupo Pereira segue dando oportunidade de trabalho na carga e descarga, manutenção, reposição de mercadorias e em áreas de atendimento ao público.
Iniciamos o projeto em parceria com o poder judiciário no estado com maior taxa de empregabilidade para este público e levar a oportunidade para outro estados de atuação da empresa mostra que o grupo realmente se preocupa na ressocialização e apoio aos que precisam.
Além de dar oportunidade à reinserção no mercado de trabalho aos reeducandos do regime semiaberto, o Grupo Pereira criou uma Trilha de Desenvolvimento presencial com início previsto para junho de 2023 a fim de contribuir na formação profissional dos 56 contratados pelo programa. Atualmente, imersões sobre inclusão, imagem pessoal, educação, postura profissional, dentre outros, são disponibilizados pela plataforma online em parceria com a consultoria E3flix para que os reeducandos efetivados continuem o processo de desenvolvimento.”
“O Grupo Pereira criou a área de Projetos Sociais em 2019, e desde então vem trazendo ações e projetos focados ao propósito da empresa em ser um bom lugar para passar a vida, transformando as pessoas e o ambiente ao nosso redor. Entretanto, antes mesmo da criação do setor, já haviam ações ocorrendo paralelamente às demandas de cada filial.
Desde 2014, o Grupo deu início às contratações do público de apenados do regime semiaberto diretamente com o contato com o presídio. Em uma unidade da bandeira Bate Forte, no estado de Mato Grosso do Sul, foram contratados quatro reeducandos do regime semiaberto para compor a equipe de manutenção.
O principal objetivo do projeto Reeducandos é ajudar na ressocialização e recolocação de detentos em regime semiaberto no mercado de trabalho, promovendo cidadania e, consequentemente, diminuindo a reincidência de crimes.
Com a grande aprovação dos gestores e a satisfação dos reeducandos, foi realizada a formalização de um projeto, em 2019, para bandeiras do varejo Comper e Fort Atacadista com o apoio do Conselho da Comunidade – órgão que acompanha e intermedia o contato entre empresa e presídio. Atualmente, são destinadas 39 vagas no estado do Mato Grosso do Sul, distribuídas em 14 filiais. Além disso, em 2021, foi construído um espaço para a reforma de todos os carrinhos; nesta unidade, além de um gestor contratado da empresa, temos mais cinco reeducandos, totalizando 44 assistidos.
Em 2022, iniciamos a expansão do projeto para Brasília, com a contratação de 12 reeducandos, distribuídos em 5 lojas do estado agora com a parceria da FUNAP, órgão de Brasília que realiza o intermédio entre empresa e presídio. Além disso, já estamos em negociação para mais uma sede para reforma dos carrinhos prevista para o início do segundo semestre de 2023.
Para que o projeto se tornasse possível, foram feitas rodadas de conversas com os principais líderes da empresa, nas quais alinhamos expectativas. Na sequência, foram realizadas sensibilizações com todos os funcionários da filial no qual o reeducando faria parte. Nestes debates foram constatados pontos de atenção para possíveis casos de preconceito, que foram tratados com a gestão da loja.
O investimento inicial previa o pagamento da mão de obra do reeducando, que representa 1 salário mínimo em MS, e ¾ de um salário mínimo inicial em DF, mais 10% do salário do reeducando que é repassado ao Conselho da Comunidade em MS, e à Funap em DF, entidades que realizam todo acompanhamento dos mesmos. Para o projeto foi utilizado verba orçamentária prevista para os 56 reeducandos. No total é investido cerca de R$65.000,00 mensalmente.
Temos retorno positivo quanto a central de carrinhos com a redução de custo, comparada ao trabalho terceirizado, e agilidade no processo de reparos, ganhando em qualidade com mão de obra carcerária e retorno para as filiais.
Com o passar dos anos, notamos a grande melhora nos setores que contemplam o público carcerário, com pessoas dispostas a trabalhar com empenho e dedicação. Ao todo, cerca de 500 reeducandos já passaram pelo projeto, no qual permanecem conosco até a finalização da pena, podendo na sequencia ser contratado como CLT.
Desde 2019, começamos a acompanhar as saídas e possíveis contratações, o que resultou em 17 reeducandos contratados no regime CLT; destes, três já receberam promoções.
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“O projeto teve início com o entendimento entre presidente da empresa, área social e principais líderes da companhia juntamente com o poder judiciário, grande idealizador da ressocialização de presos. Para que o projeto iniciasse foi preciso conhecer a realidade do presídio, então foram realizadas visitas in loco além do contato com os principais envolvidos para que tudo fosse bem definido. Além do poder judiciário, identificamos a importância do órgão de apoio em nome de Conselho da Comunidade, que teria o papel fundamental de fazer o intermédio entre presídio e empresa.
Após as devidas tratativas, foi necessário firmar parceria juntamente com o Conselho da Comunidade e alinhar fluxo de contratações, especificações de vagas e atividades, carga horária, pagamentos e demais informações pertinentes.
A fim de ter boa adesão e aceitação dentro das filiais, programamos sensibilizações nas filiais previstas para contratação de reeducandos visto tratar de um tema delicado no qual ainda há muito preconceito na sociedade.
Além de sensibilizações, foram analisados os perfis das vagas e período de formação dos reeducandos para 45 dias em lojas consideradas “formadoras” para acompanhar de perto a aceitação e posteriormente realizar a expansão para as demais unidades.
Durante o período de formação, foi preciso analisar o candidato por meio da avaliação de experiência envolvendo o líder imediato e a gerência da filial, e por fim visitas constantes da área social, a fim de identificar melhorias no processo de contratação e acompanhamento.
Com essa demanda iniciada em 2019, outras ações foram criando forma para fomentar o respeito às diversidades , foi criado o GP Diversidade, dando ainda mais força para projetos de teor social e de inclusão e de desenvolvimento profissional. Além da criação de vídeos curtos com temas de diversidade e inclusão, dando ainda mais base de informação e sensibilização aos nossos 17 mil colaboradores, prevista para divulgação no segundo semestre de 2023.”
“Com a grande adesão é imprescindível que cada vez mais as empresas estejam associadas às contratações do público de apenados em vossas unidades, é possível contribuir com a informação para que outras empresas possam percorre-lo, com apoio aos órgãos competentes, além de contribuir com os materiais de apoio e sensibilizações a fim de conscientizar toda a equipe que irá se envolver com o público.
O Grupo Pereira está presente em diversas apresentações que envolvem o tema, inclusive fomos convidados a falar sobre diversidade no The HR Trends, em São Paulo, com tema “RH como agente de transformação da sociedade: Governança e desenvolvimento”, no qual falamos como principal tema dos reeducandos e levamos como exemplo o ex reeducando Gustavo, que foi contratado CLT após progressão de pena e hoje ocupa o cargo de liderança. Além de homenagens no “Prêmio Benjamim Padoa” idealizado pelo Conselho da Comunidade onde divulgamos as boas práticas na empresa para os demais participantes. Eventos como esses, incentivam que outras pessoas e empresas se sensibilizem pelo tema.
Ações de divulgação nos canais de mídia foram e são realizadas a fim de dar abertura e mostrar o caminho às demais empresas para dar início ao projeto. Aproveitamos datas como o dia do detento para mostrar cases reais para sociedade contribuindo para a inclusão e ressocialização.
Acreditamos que propostas de benchmarking são essenciais para uma sociedade mais inclusiva e com oportunidade a todos, disseminando as boas práticas e dando visibilidade ao trabalho incrível dos idealizadores desta pauta.”
