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Ano: 2023

Processo de fabricação de instrumentos de escrita: mitigação dos impactos negativos e potencialização de impactos positivos ao longo de sua cadeia de valor.

A.W. Faber-Castell S.A.

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

“Nossa visão estratégica abraça um elemento essencial para as empresas do futuro: modelos de negócio que geram e distribuem valor de forma justa e responsável para todas as partes interessadas, incluindo o meio ambiente como um dos principais stakeholders de nossa agenda (que será o foco deste nosso case). Nós reconhecemos a dependência das indústrias em relação aos serviços ecossistêmicos, e por isso, priorizamos ações que preservem e respeitem os recursos naturais que sustentam nossa atividade.
A Faber-Castell tem uma longa história de compromisso com a sustentabilidade dentro do setor de instrumentos de escrita. Tudo começou com a decisão de orientar o seu processo de fabricação de lápis para um modelo de atuação consciente e sustentável, com um cuidado extra na escolha da matéria prima, garantindo que fosse obtida de uma fonte social e ambientalmente responsável. Desta decisão, partiu a escolha de sua principal matéria prima, a madeira de reflorestamento, em oposição a outras possíveis matérias primas disponíveis no mercado, como resinas plásticas (provenientes de fontes não renováveis, com alto grau de consumo energético intrínseco à sua utilização e com alto tempo de decomposição no meio ambiente).
Seu pioneirismo foi visto, quando nos anos 80, decidiu implantar seus próprios parques florestais em 10.000 hectares de áreas degradadas localizadas no sudeste do Brasil, mais especificamente na cidade de Prata, em Minas Gerais, para o fornecimento de matéria prima renovável, com a adição de ganhos ambientais para a companhia e para o planeta, como incrementos de fauna, flora, remoção dos gases de efeito estufa emitidos pelas atividades operacionais da companhia, mitigação de riscos socioambientais na cadeia de fornecimento, entre outros ganhos- em uma época em que esse tema ainda não era amplamente discutido.
Em 1999, devido as técnicas de manejo responsável adotado pela companhia, os 10.000 hectares de parques florestais receberam foram reconhecidos com certificado FSC® -Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), órgão mundialmente reconhecido que atesta que o trabalho da empresa é ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável, sendo a única companhia do setor de materiais de escrita que apresenta parques florestais próprios.
Os parques florestais são gerenciados por um time florestal dedicado, gerenciando o plantio médio de 300.000 mudas ao ano, o equivalente a 1 caminhão carregado por hora. Em 2022 tivemos um total de 14,1 milhões de árvores plantadas.
Os parques florestais de propriedade da companhia, além de proporcionarem o uso sustentável, rastreável e seguro da matéria-prima consumida pela companhia, contribuem para a recuperação ambiental de áreas anteriormente degradadas e promovem a absorção de mais de 900.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com um estudo feito por TÜV Rheinland® em 2012, neutralizando as 100% das emissões de CO2 das unidades produtivas da Faber-Castell em todo o mundo.
Em adição, um terço das florestas próprias da Faber-Castell no país que permanecem intocadas, abrigam 467 espécies de árvores nativas de 29 famílias de árvores diferentes. Estas áreas de preservação se tornaram biótopos para categorias raras de plantas e animais, e hoje são o lar de mais de 716 espécies, tais como a arara, lobo-guará, o porco-espinho ou o papagaio-de-orelhas-brancas. Dentre elas, 50 estão sob risco de extinção em outros lugares.
Desta forma, posteriormente aos elos upstream (iniciais) de nossa cadeia- representados pela seleção, plantio e manejo dos parques florestais- estabelecemos um sistema de gestão ambiental que contribui para identificação de oportunidades no âmbito de nossos processos produtivos (dentro dos portões da empresa), dando continuidade na busca pela melhoria constante de nosso desempenho ambiental, focados em garantir a mitigação dos impactos negativos e gerar valor de maneira transversal e holística em toda cadeia de valor.
De olho em uma economia mais circular e buscando evitar a verticalização da geração e disposição final de resíduos, todos os subprodutos gerados na fabricação de nossos lapis (pó de serragem) em nossa planta industrial, localizada em São Carlos/SP (maior fábrica de lápis do mundo) são transformados em briquetes e abastecem as caldeiras de nossas plantas industriais, gerando energia- através da biomassa- para os nossos próprios processos produtivos. Desta forma, promovemos a recuperação energética dos subprodutos gerados em nossos processos, que se não tratados, virariam resíduos.
Com o aproveitamento energético de nossos subprodutos, geramos internamente cerca de 81% do total de energia necessária para nossos processos produtivos (ano fiscal 2022 e 2023).
Com o mesmo racional circular, em relação aos resíduos gerados no âmbito de nossos processos produtivos, trabalhamos desde 2015 com uma gestão de resíduos pautada no conceito – Aterro Zero, do qual desviamos mais de 95% de todos os resíduos gerados em nossas plantas industriais, dando um destino correto e sustentável em alternativa a disposição de resíduos a aterros sanitários.
Em relação a pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos, como o sistema de gestão ambiental da companhia é direcionado para análise dos impactos ambientais para além do processos produtivos próprios (para além dos portões da empresa), em parceria com o Laboratório de Processos e Gestão de Operações do Departamento de Engenharia de Produção (SEP), da Universidade de São Paulo (USP), a companhia desenvolveu estudo de avaliação de ciclo de vida de seu lápis.
Entre os resultados, o estudo sinalizou que o principal insumo utilizado pela companhia para fabricação de tintas apresentava potencial de geração de impacto ambiental significativo- o dióxido de titânio, componente que integra a composição das tintas utilizadas durante a fabricação do lápis. Desta forma, desde a realização deste estudo a Faber Castell vem trabalhando para garantir a remoção deste insumo em seu portifólio de produtos, obtendo dentro do sortimento de cores, cores com menos de 0,1% de concentração de dióxido de titânio.
Olhando para as cadeias finais (downstream) do processo de fabricação dos instrumentos de escrita, especificamente para a etapa de pós uso do produtos, a Faber-Castell em parceria com a TerraCycle, líder global em soluções ambientais de resíduos de alta complexidade, criou o Programa Nacional de Reciclagem de Instrumentos de Escrita- iniciativa de logística reversa que visa reduzir os impactos no pós-uso dos produtos, reciclando instrumentos de escritas Faber Casell, como também de outras marcas.
Em mais de 10 anos, foram coletados mais de 2.555 milhões de instrumentos de escrita, em mais de 6,9 mil pontos de coleta, resultando em mais de 30 toneladas de resíduos coletados.

Relevância para o Negócio:

“1) Mais de de 2 bilhões de instrumentos de escritas são produzidos anualmente pela Faber Castell, sendo que 97% deles são lápis- que são produzidos com madeira de reflorestamento com certificação FSC® -Forest Stewardship Council e Certificado Produção Carbono Neutro, emitido pela TÜV Rheinland® em 2012. Os 3% restantes dos instrumentos de escrita – que ainda têm plástico convencional – estão sendo gradualmente substituídos por plástico verde (com origem renovável de cana de açúcar) e plástico pós-consumo (PCR). O mesmo acontece para embalagens, que estão sendo substituídas por papel ou plásticos alternativos, como estes.””
2)Redução a exposição de riscos ESG e captura de oportunidades: A produção própria da principal matéria prima utilizada pela companhia- madeira de reflorestamento- através dos parques florestais, para produção de 100% dos lápis da companhia (97% do total de instrumentos de escrita), contribui para a mitigação de diversos riscos ESG alocados provenientes da cadeia de suprimentos, bem como a captura de oportunidades, como:
• Riscos Financeiro: segurança financeira/ prevenção da volatilização de preço de matéria prima
• Riscos operacionais: garantia da qualidade do produto, uma das principais características da maca, segurança nos cumprimentos dos direitos humanos, entre outros
• Riscos climáticos: gerenciamento de cenários climáticos que poderão afetar o desempenho dos parques florestais.
• Oportunidades: posicionamento da marca no território da sustentabilidade e conexão com consumidor final.
3)Neutralização das emissões das unidades de produtivas da Faber Castell: Devido ao manejo sustentável e estratégico dos parques florestais de propriedade da companhia, além de garantirem o uso sustentável, rastreável e seguro da matéria-prima, promovem a absorção de mais de 900.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com estudo feito por TÜV Rheinland® em 2012 .
4) Modelos operacionais com menos emissões de gases de efeito estufa (melhoria no desempenho ambiental), devido ao aproveitamento energético interno dos subprodutos gerados no processo, aliado a gestão dos resíduos operacionais no modelo aterro zero.
” “1) Escolha da matéria prima, a madeira de reflorestamento, em oposição a outras possíveis matérias primas disponíveis no mercado (e comumente empregadas pelo mercado de instrumentos de escrita), como resinas plásticas (provenientes de fontes não renováveis, com alto grau de consumo energético intrínseco à sua utilização e com alto tempo de decomposição). Hoje, a Faber-Castell é a única empresa no mundo a apresentar parques florestais próprios, com manejo florestal diferenciado (que geram ganhos ambientais para a companhia e para o planeta), para produção de seus lapis, denominados EcoLápis – produzidos a partir de madeira de reflorestamento certificada FSC® (Forest Stewardship Council – Certificação florestal internacionalmente reconhecida).
Uma das principais preocupações da companhia sempre foi em garantir que a principal matéria-prima escolhida não pressionasse os ecossistemas naturais e ao mesmo tempo trouxesse ganhos ambientais para a companhia, em linha com os valores da marca e tambem em linha com os principais desafios globais de sustentabilidade.
Os ganhos ambientais gerados por esta pratica inovadora, sao os impactos positivos gerados ao meio ambiente, para além da simples disponibilização da matéria prima, sendo estes:
2)) Produção neutra em carbono: De acordo com um estudo feito por TÜV Rheinland®, os 10.000 hectares de parques florestais de propriedade da empresa absorvem mais de 900.000 toneladas de CO2 da atmosfera, neutralizando simultaneamente as emissões de CO2 das
unidades de produção da Faber-Castell em todo o mundo.
3) Potencialização da biodiversidade local (Programas ANIMALIS E ARBORIS, ACQUA E SOLOS):
Além do impacto positivo direto que a preservação das áreas nativas realiza para a biodiversidade, servindo de refúgio a diversas espécies da fauna, a companhia implantou quatro projetos de preservação e estímulo a biodiversidade local. Estes projetos têm como objetivo garantir o bom manejo de nossas florestas, minimizando s impactos das operações dos parques, melhorando a relação dos recursos naturais com a comunidade no entorno e construindo uma relação positiva à conservação da biodiversidade local e regional. Monitoramos regularmente a variedade de espécies de plantas e animais ao longo de todo o ciclo produtivo da floresta, olhando para critérios de distribuição e colonização que estão documentadas. Desde o início do programa, um constante aumento tem sido registrado nas áreas florestais.
4) Aproveitamento energético dos subprodutos, contribuindo para matriz energética 100% renovavel: Os subprodutos gerados (restos de madeira) no âmbito dos processos produtivos de Prata/MG (serraria) e São Carlos/SP (maior fábrica de lápis do mundo) são transformados em briquetes e abastecem as caldeiras de nossas plantas industriais, gerando energia para os nossos próprios processos produtivos. Desta forma, promovemos a recuperação energética destes subprodutos (aproveitamento da biomassa dos subprodutos), que se não tratados, virariam resíduos.
Com o aproveitamento energético de nossos subprodutos, autogeramos cerca de 81% do total de energia necessária para nossos processos produtivos (ano fiscal 2022 e 2023). O restante da energia necessária para os nossos processos é complementado com energia elétrica proveniente do sistema interligado nacional (rede de energia elétrica).
Em 2017, o consumo de energia da companhia passou a ser 100% proveniente de energias de fontes renováveis, pois a energia elétrica adquirida passou a ser de fontes renováveis com rastreabilidade confirmada, via do Mercado Livre de energia, através das emissões de “Certificado Internacional de Energia Renovável”, conhecido como, “I-REC”. Essa prática nos permite impulsionar ainda mais a sustentabilidade em nossas operações, reduzindo nossa pegada de carbono e promovendo a transição para uma matriz energética mais limpa e renovável.
Parte dos subprodutos também são encaminhamos (comercializados) para geração de energia em processos produtivos de terceiros, contribuindo para uma economia circular, evitando a verticalização sobre o descarte de resíduos no mercado.
5) Ciclo de Vida da produção do lápis (Parceria USP e Faber Castell):mapeamento dos impactos ambientais presentes ao longo do ciclo de vida do lápis, contribuindo para identificação de insumo com impacto ambiental significativo que apresentava utilização frequentemente nas tintas- o dióxido de titânio- que após este estudo, esta tendo progressivamente seu uso descontinuado pela companhia. Grande parte dos sortimentos de cores ja apresentam uma redução significativa deste material, chegando a 0,01% de concentração.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“Nossa visão estratégica abraça um elemento essencial para as empresas do futuro: modelos de negócio que geram e distribuem valor de forma justa e responsável para todas as partes interessadas, incluindo o meio ambiente como um dos principais stakeholders de nossa agenda (que será o foco deste nosso case). Nós reconhecemos a dependência das indústrias em relação aos serviços ecossistêmicos, e por isso, priorizamos ações que preservem e respeitem os recursos naturais que sustentam nossa atividade.
A Faber-Castell tem uma longa história de compromisso com a sustentabilidade dentro do setor de instrumentos de escrita. Tudo começou com a decisão de orientar o seu processo de fabricação de lápis para um modelo de atuação consciente e sustentável, com um cuidado extra na escolha da matéria prima, garantindo que fosse obtida de uma fonte social e ambientalmente responsável. Desta decisão, partiu a escolha de sua principal matéria prima, a madeira de reflorestamento, em oposição a outras possíveis matérias primas disponíveis no mercado, como resinas plásticas (provenientes de fontes não renováveis, com alto grau de consumo energético intrínseco à sua utilização e com alto tempo de decomposição no meio ambiente).
Seu pioneirismo foi visto, quando nos anos 80, decidiu implantar seus próprios parques florestais em 10.000 hectares de áreas degradadas localizadas no sudeste do Brasil, mais especificamente na cidade de Prata, em Minas Gerais, para o fornecimento de matéria prima renovável, com a adição de ganhos ambientais para a companhia e para o planeta, como incrementos de fauna, flora, remoção dos gases de efeito estufa emitidos pelas atividades operacionais da companhia, mitigação de riscos socioambientais na cadeia de fornecimento, entre outros ganhos- em uma época em que esse tema ainda não era amplamente discutido.
Em 1999, devido as técnicas de manejo responsável adotado pela companhia, os 10.000 hectares de parques florestais receberam foram reconhecidos com certificado FSC® -Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), órgão mundialmente reconhecido que atesta que o trabalho da empresa é ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável, sendo a única companhia do setor de materiais de escrita que apresenta parques florestais próprios.
Os parques florestais são gerenciados por um time florestal dedicado, gerenciando o plantio médio de 300.000 mudas ao ano, o equivalente a 1 caminhão carregado por hora. Em 2022 tivemos um total de 14,1 milhões de árvores plantadas.
Os parques florestais de propriedade da companhia, além de proporcionarem o uso sustentável, rastreável e seguro da matéria-prima consumida pela companhia, contribuem para a recuperação ambiental de áreas anteriormente degradadas e promovem a absorção de mais de 900.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com um estudo feito por TÜV Rheinland® em 2012, neutralizando as 100% das emissões de CO2 das unidades produtivas da Faber-Castell em todo o mundo.
Em adição, um terço das florestas próprias da Faber-Castell no país que permanecem intocadas, abrigam 467 espécies de árvores nativas de 29 famílias de árvores diferentes. Estas áreas de preservação se tornaram biótopos para categorias raras de plantas e animais, e hoje são o lar de mais de 716 espécies, tais como a arara, lobo-guará, o porco-espinho ou o papagaio-de-orelhas-brancas. Dentre elas, 50 estão sob risco de extinção em outros lugares.
Desta forma, posteriormente aos elos upstream (iniciais) de nossa cadeia- representados pela seleção, plantio e manejo dos parques florestais- estabelecemos um sistema de gestão ambiental que contribui para identificação de oportunidades no âmbito de nossos processos produtivos (dentro dos portões da empresa), dando continuidade na busca pela melhoria constante de nosso desempenho ambiental, focados em garantir a mitigação dos impactos negativos e gerar valor de maneira transversal e holística em toda cadeia de valor.
De olho em uma economia mais circular e buscando evitar a verticalização da geração e disposição final de resíduos, todos os subprodutos gerados na fabricação de nossos lapis (pó de serragem) em nossa planta industrial, localizada em São Carlos/SP (maior fábrica de lápis do mundo) são transformados em briquetes e abastecem as caldeiras de nossas plantas industriais, gerando energia- através da biomassa- para os nossos próprios processos produtivos. Desta forma, promovemos a recuperação energética dos subprodutos gerados em nossos processos, que se não tratados, virariam resíduos.
Com o aproveitamento energético de nossos subprodutos, geramos internamente cerca de 81% do total de energia necessária para nossos processos produtivos (ano fiscal 2022 e 2023).
Com o mesmo racional circular, em relação aos resíduos gerados no âmbito de nossos processos produtivos, trabalhamos desde 2015 com uma gestão de resíduos pautada no conceito – Aterro Zero, do qual desviamos mais de 95% de todos os resíduos gerados em nossas plantas industriais, dando um destino correto e sustentável em alternativa a disposição de resíduos a aterros sanitários.
Em relação a pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos, como o sistema de gestão ambiental da companhia é direcionado para análise dos impactos ambientais para além do processos produtivos próprios (para além dos portões da empresa), em parceria com o Laboratório de Processos e Gestão de Operações do Departamento de Engenharia de Produção (SEP), da Universidade de São Paulo (USP), a companhia desenvolveu estudo de avaliação de ciclo de vida de seu lápis.
Entre os resultados, o estudo sinalizou que o principal insumo utilizado pela companhia para fabricação de tintas apresentava potencial de geração de impacto ambiental significativo- o dióxido de titânio, componente que integra a composição das tintas utilizadas durante a fabricação do lápis. Desta forma, desde a realização deste estudo a Faber Castell vem trabalhando para garantir a remoção deste insumo em seu portifólio de produtos, obtendo dentro do sortimento de cores, cores com menos de 0,1% de concentração de dióxido de titânio.
Olhando para as cadeias finais (downstream) do processo de fabricação dos instrumentos de escrita, especificamente para a etapa de pós uso do produtos, a Faber-Castell em parceria com a TerraCycle, líder global em soluções ambientais de resíduos de alta complexidade, criou o Programa Nacional de Reciclagem de Instrumentos de Escrita- iniciativa de logística reversa que visa reduzir os impactos no pós-uso dos produtos, reciclando instrumentos de escritas Faber Casell, como também de outras marcas.
Em mais de 10 anos, foram coletados mais de 2.555 milhões de instrumentos de escrita, em mais de 6,9 mil pontos de coleta, resultando em mais de 30 toneladas de resíduos coletados.

Gestão da Prática Relatada:

“Em 2004, a Faber Castell teve o seu Sistema de Gestão Ambiental reconhecido, obtendo o certificado de ISO 14001:2015. Reconquistando a certificação em 2010, apresentando manutenção do certificado até hoje.
Detalhadas em seu Sistema de Gestão Ambiental, as relações com o meio ambiente são constantemente monitoradas em toda a cadeia produtiva da Faber-Castell. As iniciativas voltadas para a eco eficiência buscam maior aproveitamento das matérias-primas para a fabricação dos produtos finais, gerando menor quantidade de resíduos e menor consumo de recursos naturais.
A busca pela mitigação dos impactos ambientais se estende por todas as fases de produção dos materiais de nossos escrita. Para aprimorar nosso desempenho ambiental, adotamos modelos operacionais eficientes, motivados pela melhoria contínua de nossos processos, gestão inteligente de nossos recursos, inovação e disciplina de execução.
Diante deste cenário, as iniciativas implantadas tiveram como foco promover a redução dos impactos ambientais intrínsecos aos nossos processos produtivos, sem deixar de lado oa nosso potencial criativo para potencializar a nossa geração de impacto positivo para o planeta.
Esta linha de operação tem nos permitido reduzir significativamente nosso impacto ambiental e garantir práticas sustentáveis presentes em todas as etapas do nosso negócio. “

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“Especificamente para a etapa de escolha da matéria prima (etapas upstream do elo da cadeia), é um valor da marca que o lápis, seu principal produto ( que representa 97% dos instrumentos de escritas da companhia), seja feito de madeira reflorestada, proveniente de seus parques florestais, que além de garantirem a entrega desta matéria prima, promovem a geração de inúmeros ganhos ambientais para companhia e para o planeta (conforme ja apresentado ao longo deste case). Entretanto, a replicação do uso desta materia prima- madeira de reflorestamento-, para outros materiais de escrita do grupo (como canetas, lapiseiras, etc) apresenta limitações em função das particularidades destes instrumentos. Entretanto, importante lembrar que todos os demais processos de mitigação de impactos ambientais que já são desenvolvidos dentro dos portões da empresa e apresentados neste case, são orientados para todos os materiais de escrita (matriz energetica com 100% de energia renovavel, gestao de resíduos baseada em aterro zero e neutralização de carbono.) Em adição, as ações aplicadas para os elos finais da cadeia(dowstream), ja são executadas para o total de materiais de escrita – o programa de logística reversa desenvolvido com a TerraCycle, que garante a cobertura para 100% dos materiais
No âmbito do desenvolvimento de produtos, a Faber-Castell replica sua estratégia de sustentabilidade para os demais materiais de escrita (os 3% restantes dos instrumentos de escrita) com foco para os materiais e embalagens destes produtos: Para os 3% de materiais de escrita (97% dos instrumentos de escritas da Faber Castell são lápis, que são produzidos com madeira de reflorestamento) – que ainda têm plástico convencional – a companhia apresenta estratégia de substituição destas resinas convencionais por plástico verde (com origem renovável de cana de açúcar) e plástico pós-consumo (PCR), devido ao compromisso global da companhia com a eliminação do uso de plástico convencional em seus produtos até 2030. O mesmo acontece para embalagens, que estão sendo substituídas por papel ou plásticos alternativos.
Em relação as embalagens, o compromisso global da marca é mais agressivo e visa eliminar 100% do uso de plásticos convencionais das embalagens até 2025, utilizando fontes alternativas como papel cartão, plástico verde (origem renovável pela cana de açúcar) e plástico PCR (coleta o material e transforma em outro material). Atualmente 90% dos produtos já cumprem essa meta e mais de 50% das embalagens de plástico já são produzidas com materiais reciclados (PCR).
A busca e aplicação da perspectiva de ciclo de vida para os demais materiais de escrita (como apresentado neste case o estudo feito para o lápis em parceria com a USP) também apresenta replicação/ continuidade: No que diz respeito ao “não lápis”, a empresa tem um compromisso com a redução do uso de plástico convencional em produtos e embalagens, substituindo-os por matérias de origem renovável (Como o da Cana de Açúcar) e/ou materiais reciclados (PCR).