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Ano: 2023

Pro Carbono Commodities

Bayer S.A.

Categoria: Produtos ou Serviços

Aspectos Gerais da Prática:

“PRO Carbono Commodities é um serviço que passou a ser oferecido pela Bayer Crop Science do Brasil a partir de 2023.
Ele consiste na qualificação da origem da soja produzida em regiões de alta pressão de desmatamento ou conversão de vegetação natural em plantios agrícolas, bem como inventário e pegada de carbono na produção primária do grão.
A carga de soja produzida com pegada mensurada é auditada pelo Bureau Veritas, como terceira parte independente, e entregue ao cliente com qualificação da origem, contendo as informações rastreáveis de produção e cálculo das emissões, e em consonância com análises socioambientais. Dessa forma, atestam estar sem sobreposição com terra indígena ou território quilombola e unidades de conservação, condições de trabalho análogas à escravidão, lista de áreas embargadas pelas autoridades de meio ambiente (IBAMA, SEMA e ICMBio), além da conformidade ambiental com o Código Florestal e avaliações do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com esse sistema de rastreabilidade via QRCode e blockchain, a Bayer propicia uma maior transparência e confiança sobre a origem dos grãos para toda a cadeia, indo além do que existe no mercado atualmente. O projeto também apoia os agricultores participantes com recomendações agronômicas para que a produção seja cultivada sob um conjunto de práticas regenerativas que ajudam a reduzir as emissões de carbono.
Ao disponibilizar informações de rastreabilidade, a Bayer propicia uma maior transparência sobre a origem dos grãos para toda a cadeia, indo além do que existe no mercado atualmente.
O PRO Carbono Commodities é um desdobramento do programa PRO Carbono, iniciado em 2021 com 1,9 mil agricultores brasileiros, no qual é feito um trabalho para ampliar a produtividade no campo e o sequestro de carbono no solo através da intensificação de práticas regenerativas. “Começamos ajudando o agricultor a entender melhor a dinâmica do sequestro de carbono no solo e a partir desses aprendizados, agora estendemos nosso olhar também para toda a cadeia de valor, em busca da criação de um ecossistema que ajude as empresas a reduzir suas emissões ao longo do processo produtivo”, afirma Fabio Passos, diretor do Negócio da Carbono da Bayer para a América Latina. “Estamos fazendo isso com base em ciência para promover uma agricultura cada vez mais regenerativa e apoiando a descarbonização da cadeia de alimentos e produtos agrícolas.””

Relevância para o Negócio:

“A Bayer é líder em sementes e biotecnologias, possui o portfólio de proteção de cultivos inovador e a mais avançada plataforma de agricultura digital. No entanto, vendemos mais do que produtos; oferecemos soluções sob medida para os agricultores plantarem, cultivarem e protegerem suas colheitas otimizando o uso de recursos naturais.
Estabelecemos o compromisso de sermos neutros em carbono em nossas próprias operações até 2030, utilizando 100% de nossa eletricidade a partir de fontes renováveis e investindo em sistemas inteligentes de transporte, entre outros.
Dentro da agricultura, nosso comprometimento global pode ser resumido em “30:30:100”, que consiste em ajudar a reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa nas principais culturas agrícolas e mercados em que operamos, reduzir em 30% do impacto ambiental do nosso portfólio de produtos para proteção de culturas e apoiar 100 milhões de pequenos agricultores em países de baixa e média renda com acesso à inovação, conhecimentos e parcerias em todo o mundo.
Em linha com o nosso compromisso de ajudar a reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa nas principais culturas agrícolas e mercados em que operamos, lançamos em 2021 o programa PRO Carbono no Brasil e na Argentina. Ele fornece orientações para aperfeiçoamento dos planos de manejo agrícola a fim de aumentar a produtividade e sequestrar mais carbono nas áreas produtivas das propriedades rurais. As técnicas promovidas contemplam: a. rotação de culturas, b. manutenção da cobertura verde sobre o solo durante todo o ano através do plantio de culturas de cobertura, c. otimização do uso de insumos através da agricultura de precisão, d. emprego de tecnologias de sementes de alta produtividade e adaptadas à condição local e e. cuidadosa gestão de dados para subsidiar decisões de manejo agrícola tanto no ano corrente, quanto nas próximas safras. Quando a fase piloto foi lançada na safra 20/21, abrangia 414 produtores. Este número cresceu para 1.920 produtores no ano seguinte. Cada agricultor disponibiliza um talhão de sua propriedade de, aproximadamente, 100 hectares o que implica uma área de soja sob práticas de manejo em linha com os pilares da agricultura regenerativa de mais de 220 mil hectares localizados em aproximadamente 650 municípios de 16 estados do Brasil.
O PRO Carbono Commodities promove um grão com pegada de carbono mensurada, livre de desmatamento e rastreada ao mercado ávido por consumir grãos ainda mais sustentáveis.” “As inovações do PRO Carbono e do PRO Carbono Commodities não se limitam no desenvolvimento de práticas agrícolas regenerativas na soja e sua subsequente comercialização acompanhada de informação de pegada de carbono e rastreabilidade, conforme explorado na questão anterior. A partir da colaboração, da ciência e da tecnologia de ponta, a Bayer está construindo junto com agricultores, parceiros e outros stakeholders o que chamamos de ecossistema de carbono. Tais alianças são necessárias para viabilizar o mercado de créditos de carbono, a descarbonização das cadeias e a remuneração do produtor pela adoção de melhores práticas em agricultura regenerativa.
O ecossistema de carbono atua nas seguintes frentes e conta com a participação dos seguintes stakeholders:
– Produtores: levamos consultoria técnica para os produtores participantes para que implementem práticas que aumentam sua produtividade e sequestro de carbono;
– Consultores agronômicos: 70 consultorias parceiras espalhadas pelo Brasil foram capacitadas pelo time de PRO Carbono Experts (acadêmicos e pesquisadores de grandes instituições que são referência em Carbono na Agricultura) para que estejam aptos para prescreverem planos de manejo aos produtores que impactem positivamente a produtividade e o sequestro de carbono em campo;
– Parceiros científicos e acadêmicos: estabelecemos parcerias com a Embrapa, Fundação ABS, Universidade Federal de Ponta Grossa (UFPG), Fundação MT, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Estadual de São Paulo (UNES) para desenvolver o conjunto inicial de práticas agrícolas, para treinar os consultores agronômicos e para endossar as diferentes metodologias utilizadas no programa;
– Governo: participamos ativamente de consultas públicas, reuniões de trabalho e discussões para estabelecer o marco regulatório do mercado de carbono no Brasil, bem como construção de padrões de certificação para carbono armazenado em solo tropical;
– Parceiros da cadeia de insumos e do setor financeiro: Mosaic, Barembrug, Fendt, AGCO Finance, Raix, Itaú BBa são empresas que já reconhecem os produtores participantes do PRO Carbono por sua maneira mais sustentável de produzir e oferecem campanhas comerciais exclusivas para que eles já colham valor por adotar a sustentabilidade como um pilar de sua produção;
– Indústria da Cadeia de Alimentos: engajamos com organizações deste segmento para ajustar nosso programa, validar a demanda da cadeia de valor (downstream supply chain) e fazer chegar a soja rastreada, com pegada de carbono quantificada e livre de desmatamento ao mercado;
– Parceiros digitais e start-ups: através de alianças com Field View, Orbia, Agrootools, Ibra e STIT fazemos uso de tecnologia para coletar e processar informação.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“PRO Carbono Commodities é um serviço que passou a ser oferecido pela Bayer Crop Science do Brasil a partir de 2023.
Ele consiste na qualificação da origem da soja produzida em regiões de alta pressão de desmatamento ou conversão de vegetação natural em plantios agrícolas, bem como inventário e pegada de carbono na produção primária do grão.
A carga de soja produzida com pegada mensurada é auditada pelo Bureau Veritas, como terceira parte independente, e entregue ao cliente com qualificação da origem, contendo as informações rastreáveis de produção e cálculo das emissões, e em consonância com análises socioambientais. Dessa forma, atestam estar sem sobreposição com terra indígena ou território quilombola e unidades de conservação, condições de trabalho análogas à escravidão, lista de áreas embargadas pelas autoridades de meio ambiente (IBAMA, SEMA e ICMBio), além da conformidade ambiental com o Código Florestal e avaliações do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com esse sistema de rastreabilidade via QRCode e blockchain, a Bayer propicia uma maior transparência e confiança sobre a origem dos grãos para toda a cadeia, indo além do que existe no mercado atualmente. O projeto também apoia os agricultores participantes com recomendações agronômicas para que a produção seja cultivada sob um conjunto de práticas regenerativas que ajudam a reduzir as emissões de carbono.
Ao disponibilizar informações de rastreabilidade, a Bayer propicia uma maior transparência sobre a origem dos grãos para toda a cadeia, indo além do que existe no mercado atualmente.
O PRO Carbono Commodities é um desdobramento do programa PRO Carbono, iniciado em 2021 com 1,9 mil agricultores brasileiros, no qual é feito um trabalho para ampliar a produtividade no campo e o sequestro de carbono no solo através da intensificação de práticas regenerativas. “Começamos ajudando o agricultor a entender melhor a dinâmica do sequestro de carbono no solo e a partir desses aprendizados, agora estendemos nosso olhar também para toda a cadeia de valor, em busca da criação de um ecossistema que ajude as empresas a reduzir suas emissões ao longo do processo produtivo”, afirma Fabio Passos, diretor do Negócio da Carbono da Bayer para a América Latina. “Estamos fazendo isso com base em ciência para promover uma agricultura cada vez mais regenerativa e apoiando a descarbonização da cadeia de alimentos e produtos agrícolas.””

Gestão da Prática Relatada:

“A equipe do PRO Carbono monitora a performance do Programa através dos seguintes indicadores:
– Número de produtores e tamanho da área inscrita no programa. Em 20/21, havia 414 produtores engajados, número que saltou para 1920 produtores no ano seguinte.
– Número de planos de manejo personalizados elaborados e visitas de campo realizadas. Desde 2021, foram elaborados mais de 2.000 planos de manejo agrícola para área inscrita no programa.
– Acompanhamento da performance das consultorias agrícolas participantes do Ecossistema PRO Carbono por uma equipe dedicada a este fim.
– Número de especialistas e instituições de pesquisa engajadas no Ecossistema PRO Carbono.
– Quantificação do aumento de estoque de carbono no solo tropical num intervalo de 3 anos.
A equipe do PRO Carbono Commodities irá monitorar a performance do programa a partir de 2023 através dos seguintes indicadores:
– Número de propostas firmadas com produtores rurais para fornecimento de grãos e respectiva área de produção e de conservação de vegetação nativa;
– Volume de soja livre de desmatamento com pegada de carbono mensurada;
– Faturamento com a comercialização de soja de baixo carbono e livre de desmatamento;
– Valor financeiro criado para o produtor rural. “

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“O programa PRO Carbono Commodities registrou dados primários das áreas referentes às 240 mil toneladas de soja produzidas e contabilizou uma pegada média de carbono de 861,55 CO2 equivalente/t. A mensuração foi feita com ferramenta (PRO Carbono Footprint), desenvolvida colaborativamente por meio de uma parceria da Bayer com a Embrapa e lastreada em uma metodologia com reconhecimento internacional, a análise do ciclo de vida (ACV). “É uma diferença considerável quando comparamos com valores disponíveis nas bases de dados reconhecidas internacionalmente e que indicam que a pegada média de carbono da soja brasileira é de 2600 kg CO2 equivalente/t. Essas bases comparativas são uma referência para avaliar a eficiência do processo produtivo. No entanto, é importante ressaltar que, à medida que o conhecimento científico avança, essas referências devem ser constantemente atualizadas para permitir informações mais precisas
Essa novidade cria oportunidades para a indústria trabalhar com cadeias de fornecimento de menor emissão quando comparado à média setorial. Adquirir um produto baixo carbono rastreado é uma vantagem para a cadeia, pois existe uma complexidade muito grande em mensurar e reportar as emissões atualmente.
Atuaremos no âmbito de trazer transparência, para em seguida criar planos de intervenção na cadeia de valor, ajudando empresas a efetivamente planejarem o impacto da redução de emissões indiretas, validando nossos critérios e adequando-os aos padrões globais, em parceria com agricultores e diferentes parceiros. No futuro, com o avanço do ecossistema de carbono, é possível que os agricultores participantes obtenham um prêmio sobre o valor no mercado externo, apoiando a descarbonização da indústria de alimentos e de biocombustíveis.”