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Ano: 2023

Prevenção de Queimadas em Unidades de Conservação

CPFL ENERGIA S/A

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

“O fornecimento contínuo de energia elétrica é um grande desafio para as empresas de distribuição de energia que, para garantir esse serviço essencial, precisam implantar e operar uma grande extensão de redes elétricas nos mais variados ambientes.
A CPFL Paulista é responsável por operar mais de 132 mil km de redes de distribuição de energia, atendendo 4,7 milhões de consumidores. Dada a grande extensão e capilaridade da área de concessão, as redes elétricas atravessam áreas com os mais variados tipos de uso e ocupação, variando de ambientes urbanos a rurais, com usos agrícolas ou com vegetação nativa.
Parte das redes da CPFL Paulista localiza-se próxima ou atravessa Áreas Protegidas, que têm como objetivo preservar e conservar o patrimônio natural, podendo ser Unidades de Conservação (de Proteção Integral ou de Uso Sustentável), terras indígenas, Áreas de Proteção Permanente estabelecidas pelo Código Florestal etc.
Essas interfaces acabam muitas vezes trazendo riscos não apenas à operação das redes de distribuição como também à conservação ambiental, especialmente em períodos secos do ano, nos quais a ocorrência de incêndios florestais pode prejudicar tanto o fornecimento de energia quanto a conservação de ambientes naturais. Grande parte desses incêndios florestais tem origem antrópica (causados pela ação do homem), sendo muitos desses provocados de forma criminosa. Neste sentido, tanto a CPFL Paulista quanto as entidades responsáveis pela gestão das Unidades de Conservação e outras áreas protegidas dedicam esforços consideráveis no manejo de vegetação e conscientização da população, buscando minimizar riscos de incêndios florestais.
O projeto de Prevenção de Incêndios Florestais em Áreas Protegidas abrange 234 municípios do Estado de São Paulo que constituem a área de concessão da CPFL Paulista, maior das quatro empresas de distribuição da CPFL Energia, numa área de 90.440 km².
Ações como as roçadas de vegetação nas faixas de segurança das redes elétricas ou a implantação de aceiros nos limites das Unidades de Conservação são práticas necessárias que visam a minimização de riscos de incêndios. Um dos pontos negativos dessas práticas é a necessidade de supressão de vegetação nessas faixas de segurança, gerando fragmentação das áreas com vegetação nativa, que pode trazer impactos ao fluxo de animais e de sementes de plantas nessas áreas.
A proposta de atuação da CPFL Paulista, em conjunto com gestores de Unidades de Conservação e de Terras Indígenas em sua área de concessão, tem por objetivo minimizar os riscos e impactos relacionados aos incêndios florestais próximos às redes elétricas em Áreas Protegidas e seu entorno, considerando não somente os prejuízos causados pela interrupção do fornecimento de energia, mas também aqueles causados pela perda de áreas de vegetação nativa. Destaca-se que o projeto foi iniciado em 2020, ano marcado por registros recordes de incêndios florestais no Estado de São Paulo.
Para atingimento desse objetivo, o projeto foi estruturado em diversas ações inter-relacionadas, desenvolvidas por diferentes áreas da empresa (Meio Ambiente, Engenharia, Operações de Campo, Serviços de Transmissão Obras e Manutenção, Jurídico, Gestão de Ativos, Regulatório, Comunicação Empresarial e outras).
Dentre as etapas do projeto, destacamos:
1. Mapeamento das redes elétricas dentro ou próximas às Áreas Protegidas;
2. Avaliação de alternativas para minimização de riscos próximos a Áreas Protegidas, com modernização ou retirada das redes e intensificação de manutenções preventivas nessas áreas;
3. Revisão de procedimento interno relativo ao fluxo de comunicação e modelo de relatório para incêndios florestais
4. Monitoramento dos incêndios e alinhamento de ações junto aos gestores das Áreas Protegidas.
5. Ações de comunicação com a população, para conscientização sobre a necessidade de evitar incêndios florestais.
6. Reforço na comunicação com os gestores das áreas protegidas e disponibilização de informações para revisão nos planos de prevenção de incêndios florestais.
• Importância da inovação descrita dentro dos negócios da empresa (representatividade em termos do faturamento, volume de negócios, prioridade para a organização etc.) e conexão dessa inovação com o todo das operações. Ou seja, deve-se avaliar neste critério se a inovação foi realizada em algo relevante e material para a empresa ou se ela foi aplicada em aspectos marginais ou secundários para a empresa.”

Relevância para o Negócio:

“O projeto desenvolvido com o objetivo de reduzir os riscos e impactos relacionados aos incêndios florestais próximos às redes elétricas em Áreas Protegidas e seu entorno, reduz, não somente os impactos causados pela perda de biodiversidade, mas também os prejuízos causados pela interrupção do fornecimento de energia aos clientes.
Em 2021, o projeto iniciou os primeiros levantamentos de dados de áreas de risco, e tem previsão de conclusão em 2023.
No desenvolvimento dos trabalhos, foram mapeadas 25 Áreas Protegidas na área de concessão de CPFL Paulista. Em 11 dessas Áreas Protegidas há redes elétricas atravessando seu interior ou passando em seus limites.
Para cada uma dessas 11 Áreas Protegidas, foi realizada uma avaliação de situação e uma análise de alternativas de modernização de redes no entorno e possibilidade de relocação das redes elétricas localizadas no interior das Áreas Protegidas (com consequente desmantelamento das redes anteriores).
As ações de modernização ou retirada das redes foram iniciadas em 2022, e já foram concluídas obras em seis Áreas Protegidas; as outras cinco áreas serão objeto de obras em 2023.
No total, serão trabalhados 44 km de redes, considerando que 23 km removidos, preservando-se uma área de 230.000m2 km de redes localizadas no interior de áreas protegidas, permitindo a regeneração de 23 ha de áreas, contribuindo para a ampliação do fluxo genético e trânsito de animais e outros 21 km serão modernizados e substituídos por um padrão de rede mais moderno e seguro, que contribui para minimização de riscos nestas unidades de conservação.
Ao longo de 2022 foram realizadas diversas ações de divulgação na mídia pela CPFL voltadas à conscientização sobre a necessidade de evitar incêndios florestais, especialmente próximos às redes elétricas.
Todas as ações desenvolvidas tiveram a parceria dos gestores das Unidades de Conservação, em especial da Fundação Florestal, órgão do Governo do Estado de São Paulo responsável pela gestão de diversas Unidades de Conservação no Estado.” “O projeto de prevenção de riscos de queimadas foi desenvolvido, de forma proativa, pela CPFL Energia, a fim de diminuir os riscos de incêndios em Unidades de Conservação. Como um dos quatro pilares do Plano ESG 2030 da Companhia, através da “Atuação segura e confiável”, temos um compromisso inegociável com a segurança, visando fortalecer a cultura no tema para atingir zero fatalidades, incluindo projetos de conscientização, prevenção e redução de riscos para todas as pessoas, demonstrando a priorização do tema para a empresa.
Por meio da iniciativa da CPFL Energia, não há somente a redução de riscos de perda de biodiversidade e vegetação nativa, mas também considera os prejuízos causados pela interrupção do fornecimento de energia e danos à imagem da empresa, caso seja vinculada aos acidentes de forma indireta, mesmo que sem nexo de causalidade com o episódio. Ainda com relação aos ganhos ambientais, através da remoção das linhas de distribuição dentro das UCs, com o tempo, temos a recomposição florestal do que antes eram as faixas de segurança, reduzindo a fragmentação do remanescente e o efeito de borda nessas áreas de alto interesse e importância ambiental.
Este projeto se diferencia das outras práticas do mercado, pois atua de forma sistêmica, com parceria entre os órgãos ambientais gestores das Unidades, para execução dos planos de ação gestão proativa do risco de queimadas, pois não se trata de uma ação com a finalidade de atendimento de uma exigência legal de órgãos ambientais.”

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“O fornecimento contínuo de energia elétrica é um grande desafio para as empresas de distribuição de energia que, para garantir esse serviço essencial, precisam implantar e operar uma grande extensão de redes elétricas nos mais variados ambientes.
A CPFL Paulista é responsável por operar mais de 132 mil km de redes de distribuição de energia, atendendo 4,7 milhões de consumidores. Dada a grande extensão e capilaridade da área de concessão, as redes elétricas atravessam áreas com os mais variados tipos de uso e ocupação, variando de ambientes urbanos a rurais, com usos agrícolas ou com vegetação nativa.
Parte das redes da CPFL Paulista localiza-se próxima ou atravessa Áreas Protegidas, que têm como objetivo preservar e conservar o patrimônio natural, podendo ser Unidades de Conservação (de Proteção Integral ou de Uso Sustentável), terras indígenas, Áreas de Proteção Permanente estabelecidas pelo Código Florestal etc.
Essas interfaces acabam muitas vezes trazendo riscos não apenas à operação das redes de distribuição como também à conservação ambiental, especialmente em períodos secos do ano, nos quais a ocorrência de incêndios florestais pode prejudicar tanto o fornecimento de energia quanto a conservação de ambientes naturais. Grande parte desses incêndios florestais tem origem antrópica (causados pela ação do homem), sendo muitos desses provocados de forma criminosa. Neste sentido, tanto a CPFL Paulista quanto as entidades responsáveis pela gestão das Unidades de Conservação e outras áreas protegidas dedicam esforços consideráveis no manejo de vegetação e conscientização da população, buscando minimizar riscos de incêndios florestais.
O projeto de Prevenção de Incêndios Florestais em Áreas Protegidas abrange 234 municípios do Estado de São Paulo que constituem a área de concessão da CPFL Paulista, maior das quatro empresas de distribuição da CPFL Energia, numa área de 90.440 km².
Ações como as roçadas de vegetação nas faixas de segurança das redes elétricas ou a implantação de aceiros nos limites das Unidades de Conservação são práticas necessárias que visam a minimização de riscos de incêndios. Um dos pontos negativos dessas práticas é a necessidade de supressão de vegetação nessas faixas de segurança, gerando fragmentação das áreas com vegetação nativa, que pode trazer impactos ao fluxo de animais e de sementes de plantas nessas áreas.
A proposta de atuação da CPFL Paulista, em conjunto com gestores de Unidades de Conservação e de Terras Indígenas em sua área de concessão, tem por objetivo minimizar os riscos e impactos relacionados aos incêndios florestais próximos às redes elétricas em Áreas Protegidas e seu entorno, considerando não somente os prejuízos causados pela interrupção do fornecimento de energia, mas também aqueles causados pela perda de áreas de vegetação nativa. Destaca-se que o projeto foi iniciado em 2020, ano marcado por registros recordes de incêndios florestais no Estado de São Paulo.
Para atingimento desse objetivo, o projeto foi estruturado em diversas ações inter-relacionadas, desenvolvidas por diferentes áreas da empresa (Meio Ambiente, Engenharia, Operações de Campo, Serviços de Transmissão Obras e Manutenção, Jurídico, Gestão de Ativos, Regulatório, Comunicação Empresarial e outras).
Dentre as etapas do projeto, destacamos:
1. Mapeamento das redes elétricas dentro ou próximas às Áreas Protegidas;
2. Avaliação de alternativas para minimização de riscos próximos a Áreas Protegidas, com modernização ou retirada das redes e intensificação de manutenções preventivas nessas áreas;
3. Revisão de procedimento interno relativo ao fluxo de comunicação e modelo de relatório para incêndios florestais
4. Monitoramento dos incêndios e alinhamento de ações junto aos gestores das Áreas Protegidas.
5. Ações de comunicação com a população, para conscientização sobre a necessidade de evitar incêndios florestais.
6. Reforço na comunicação com os gestores das áreas protegidas e disponibilização de informações para revisão nos planos de prevenção de incêndios florestais.
• Importância da inovação descrita dentro dos negócios da empresa (representatividade em termos do faturamento, volume de negócios, prioridade para a organização etc.) e conexão dessa inovação com o todo das operações. Ou seja, deve-se avaliar neste critério se a inovação foi realizada em algo relevante e material para a empresa ou se ela foi aplicada em aspectos marginais ou secundários para a empresa.”

Gestão da Prática Relatada:

“O Projeto tem por objetivo minimizar os riscos e impactos relacionados aos incêndios florestais próximos às redes elétricas em Áreas Protegidas e seu entorno, considerando não somente os prejuízos causados pela interrupção do fornecimento de energia, mas também aqueles causados pela perda de áreas de vegetação nativa.
O projeto foi, então, estruturado em diversas ações inter-relacionadas:
• Mapeamento das redes elétricas dentro ou próximas às Áreas Protegidas;
• Avaliação de alternativas para minimização de riscos próximos a Áreas Protegidas, com modernização ou retirada das redes e intensificação de manutenções preventivas nessas áreas;
• Revisão de procedimento interno relativo ao fluxo de comunicação e modelo de relatório para incêndios florestais;
• Monitoramento dos incêndios e alinhamento de ações junto aos gestores das Áreas Protegidas;
• Ações de comunicação com a população, para conscientização sobre a necessidade de evitar incêndios florestais;
• Reforço na comunicação com os gestores das áreas protegidas e disponibilização de informações para revisão nos planos de prevenção de incêndios florestais
Todas as ações desenvolvidas tiveram a parceria dos gestores das Unidades de Conservação, em especial da Fundação Florestal, órgão do Governo do Estado de São Paulo responsável pela gestão de diversas Unidades de Conservação no Estado e diversas áreas de negócio da Companhia, como jurídico, operações e meio ambiente.
A execução e andamento as atividades são acompanhadas pela liderança da Companhia por meio de reuniões trimestrais e consumo de orçamento. “

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“Espera-se que o projeto consiga minimizar o risco de incêndios florestais em Áreas Protegidas e seu entorno, diminuindo as interrupções no fornecimento de energia causados pelos incêndios ou pelo contato de árvores com as redes elétricas e diminuindo também as áreas de vegetação incendiadas.
Esses resultados por si só já justificariam o projeto, mas um benefício adicional foi identificado ao longo do desenvolvimento das atividades, tendo sido fator fundamental para a tomada de decisão pela CPFL Paulista: a possibilidade de recuperação de áreas no interior e entorno das Áreas Protegidas, por meio da retirada das redes elétricas e consequente regeneração natural da vegetação nas faixas de segurança. O restabelecimento da vegetação nessas áreas tem por benefícios permitir a conexão de fragmentos florestais anteriormente divididos pelas faixas de segurança e a possibilidade de melhoria de trânsito de animais entre esses fragmentos.”