CHIC & HIPPIE COMERCIO VAREJISTA DE PECAS DE VESTUARIO, CALCADOS E ACESSORIOS LTDA
“A história da Oficina Muda começou em 2015, quando Larissa Greven, fundadora, estava morando em São Paulo e trabalhando para o mercado financeiro. Sempre apaixonada por brechós, a convite de uma amiga, ela foi visitar um bazar em Itaquera.
Chegando lá, se deparou com um salão GIGANTESCO cheio de araras de roupas separadas por marcas. Mas o que mais chamou a atenção foi um paredão lotado de caixas com papel colado na frente escrito “REFUGO”. Ela conheceu aquela palavra naquele dia e nunca mais esqueceu.
Para muita gente essa palavra causaria desinteresse, mas para Larissa fez o efeito contrário. Ficou enlouquecida querendo abrir aquelas caixas para saber o que tinha dentro, procurou a responsável pelo bazar que, além de não entender o interesse, relutou para que aquelas caixas não fossem vistas, já que estava tudo separado para incineração ou aterro.
Dois dias depois, Larissa voltou com uma ideia na cabeça e com a esperança de ver que tipo de produto seria descartado. Depois de muito insistir conseguiu convencer a gerente do bazar.
Quando abriu a primeira caixa e puxou um vestido todo queimado na barra, provavelmente por ter ficado na vitrine com uma luz forte por muito tempo, acreditou de forma bem intuitiva que poderia existir um negócio ali. Por um impulso, deu um jeito de comprar todas aquelas caixas, contratou uma costureira, reformou todas as peças e vendeu. De alguma maneira ali nascia o que é hoje a Oficina Muda.
Larissa então voltou para o Rio de Janeiro decidida a iniciar seu negócio, e com isso foi atrás de marcas já conhecidas para apresentar sua ideia e buscar parcerias. A primeira marca parceira da Oficina Muda foi a Farm, e é importante ressaltar que atualmente nós cuidamos da destinação de grande parte do resíduo deles, tanto matéria-prima acabada como restos de tecidos.
Somos uma oficina de moda upcycling em escala e líder no mercado de multimarcas de moda sustentável no Brasil que seleciona, analisa, reaproveita e repara peças de descarte de marcas parceiras dando uma nova vida para esses produtos. Além da Farm, trabalhamos com diversas marcas como, Maria Filó, Cantão, Animale, Fábula, dentre outras. Nosso propósito é fortalecer essas marcas dando um novo ciclo de vida a um material que seria descartado e nossa missão é ressignificar e transformar este descarte de maneira inovadora, criativa e sustentável.
Também atuamos na coordenação do reaproveitamento de resíduos, os quais são basicamente restos de tecidos e aviamentos da indústria têxtil para desenvolver produtos que carregam muitas histórias e transformações. Atualmente, dos resíduos que recebemos 70% são doados para artesãs e os outros 30% são utilizados pela Muda Circular, onde participamos diretamente da criação/design dos produtos, e utilizamos os nossos canais de venda para dar visibilidade a eles, também desenvolvemos brindes para empresas (B2B) e construímos diversas collabs (parceria entre marcas), em especial com pequenos e novos empreendedores.
A sustentabilidade está no nosso DNA, somos uma solução baseada nos três pilares (econômico, social e ambiental) para o problema de descarte da indústria têxtil. Buscamos um crescimento econômico desconectado da exploração de recursos naturais, definindo novos ciclos de matérias e novos modelos de negócio. O nosso universo é complexo e desafiador, trabalhamos com motivação, organização e propósito na busca de resultados.”
“Precisamos ter a consciência que a moda nos dias de hoje ocupa a segunda colocação das indústrias que mais poluem o meio ambiente, ficando atrás apenas do setor petrolífero, e é responsável pela emissão de 8% de gás carbônico na atmosfera. Além desta poluição no ar, existem outros fatores que contribuem para essa posição como a extração da matéria-prima, o grande consumo de energia e água e, sobretudo, o descarte incorreto de resíduos. Deste modo, não podemos seguir pensando apenas na geração de lucro, mas sim buscar um equilíbrio entre a economia e o meio ambiente.
A indústria têxtil é também uma das maiores poluidoras dos oceanos e responsável pelo acúmulo de resíduos em aterros sanitários, devido a um modelo acelerado de produção e consumo. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), ela produz em torno de 170 mil toneladas de resíduos ao ano somente no Brasil, onde aproximadamente 80% não são reaproveitados e com isso são destinados a lixões e aterros sanitários. Diante desse cenário, a necessidade de buscar um processo que agrida menos o planeta se torna cada vez mais necessário.
O tema moda sustentável está crescendo cada vez mais devido à sua grande importância na preservação do meio ambiente. Em 2019 na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a ONU formou a Aliança pela Moda Sustentável, esta iniciativa formada em conjunto com organizações parceiras, tem o objetivo de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Não podemos deixar de citar o impacto negativo deste setor na esfera social. A maioria das empresas deste ramo terceiriza a produção, e essas acabam fazendo o mesmo para diminuir ainda mais o custo com a mão de obra. São nessas situações que ocorre o abuso e a exploração dos funcionários, onde em muitos casos trabalham em condições análogas à escravidão, violando os direitos dos trabalhadores.
Resumindo, os impactos que o fast fashion gera, como danos irreversíveis ao meio ambiente, trabalho forçado em diversos países, além da falta de respeito com as condições básicas de trabalho e a dignidade do ser humano, precisam ter fim e a sociedade possui um papel muito importante nesta mudança. Precisamos buscar o que queremos ver no futuro e tornar a moda um setor sustentável.”
“O upcycling surge com o objetivo de minimizar os impactos ambientais gerados pela indústria têxtil tornando assim a moda um setor mais consciente. Hoje em dia, o consumidor tem mais empatia pelas marcas que estão apresentando alternativas e iniciativas para a preservação do planeta como por exemplo, a redução do uso de plástico nas embalagens, o reaproveitamento dos tecidos, a diminuição do descarte de roupas, dentre outros.
A técnica do upcycling consiste na criação de novas peças de roupas e/ou acessórios a partir de materiais já existentes, como por exemplo, resíduos, produtos inúteis e descartáveis, ressignificando assim seu valor no mercado. Em outras palavras, o que era lixo vira matéria-prima. Dentre as vantagens desse processo temos:
• Baixo custo;
• Baixo consumo de energia;
• Não necessidade do uso de produtos químicos;
• Aumento da vida útil do produto.
A Muda compra, trata, transforma e recupera peças de descarte, não somente de vestuário, mas todo tipo de acessórios e matérias-primas não absorvidas completamente no processo produtivo e comercial de marcas parceiras, transformando em produtos exclusivos com baixo preço de venda. Até o momento já ressignificamos cerca de 550 mil peças com pequenos defeitos a partir da técnica do upcycling, e essa quantidade corresponde aproximadamente a 150 toneladas de tecidos que seriam descartados.
Nos casos em que não conseguimos recuperar as peças, buscamos formas criativas para transformar resíduos em matéria-prima, fomentando a marca própria Muda ou atendendo às políticas de doação.
A criação dos produtos da Muda é feita dentro da Oficina Muda. Fazemos uma análise dos tipos de produto que podemos e queremos vender. Desenvolvemos a peça piloto para aprovação e assim que validada, mandamos para produção.
É importante ressaltar que a criação e design da Muda seguem um “processo invertido”, dado que os nossos recursos são limitados e nós desenvolvemos os produtos com o material que recebemos, desta forma precisamos nos adaptar a cada dia, tornando mais desafiador e dinâmico o nosso trabalho.
Durante o nosso processo de reaproveitamento de peças conseguimos desenvolver diversos produtos além das roupas, com o intuito de aumentar a vida útil desse material e diminuir o impacto que esses excedentes gerariam ao planeta com o seu descarte incorreto.
Como exemplo de produtos temos:
• Cadernos;
• Estojos;
• Pochetes;
• Bolsas;
• Cangas;
• Bonés.
• Dentre muitos outros.
Nosso objetivo é promover a economia circular e a gestão dos resíduos sólidos da indústria têxtil de forma inovadora, criativa e responsável. Acreditamos que uma vida guiada pelo respeito e harmonia com o meio ambiente não é uma meta a ser alcançada, mas algo que devemos construir diariamente, com pequenas ações que irão se transformar em grandes hábitos e terão um grande impacto no nosso futuro.”
“A história da Oficina Muda começou em 2015, quando Larissa Greven, fundadora, estava morando em São Paulo e trabalhando para o mercado financeiro. Sempre apaixonada por brechós, a convite de uma amiga, ela foi visitar um bazar em Itaquera.
Chegando lá, se deparou com um salão GIGANTESCO cheio de araras de roupas separadas por marcas. Mas o que mais chamou a atenção foi um paredão lotado de caixas com papel colado na frente escrito “REFUGO”. Ela conheceu aquela palavra naquele dia e nunca mais esqueceu.
Para muita gente essa palavra causaria desinteresse, mas para Larissa fez o efeito contrário. Ficou enlouquecida querendo abrir aquelas caixas para saber o que tinha dentro, procurou a responsável pelo bazar que, além de não entender o interesse, relutou para que aquelas caixas não fossem vistas, já que estava tudo separado para incineração ou aterro.
Dois dias depois, Larissa voltou com uma ideia na cabeça e com a esperança de ver que tipo de produto seria descartado. Depois de muito insistir conseguiu convencer a gerente do bazar.
Quando abriu a primeira caixa e puxou um vestido todo queimado na barra, provavelmente por ter ficado na vitrine com uma luz forte por muito tempo, acreditou de forma bem intuitiva que poderia existir um negócio ali. Por um impulso, deu um jeito de comprar todas aquelas caixas, contratou uma costureira, reformou todas as peças e vendeu. De alguma maneira ali nascia o que é hoje a Oficina Muda.
Larissa então voltou para o Rio de Janeiro decidida a iniciar seu negócio, e com isso foi atrás de marcas já conhecidas para apresentar sua ideia e buscar parcerias. A primeira marca parceira da Oficina Muda foi a Farm, e é importante ressaltar que atualmente nós cuidamos da destinação de grande parte do resíduo deles, tanto matéria-prima acabada como restos de tecidos.
Somos uma oficina de moda upcycling em escala e líder no mercado de multimarcas de moda sustentável no Brasil que seleciona, analisa, reaproveita e repara peças de descarte de marcas parceiras dando uma nova vida para esses produtos. Além da Farm, trabalhamos com diversas marcas como, Maria Filó, Cantão, Animale, Fábula, dentre outras. Nosso propósito é fortalecer essas marcas dando um novo ciclo de vida a um material que seria descartado e nossa missão é ressignificar e transformar este descarte de maneira inovadora, criativa e sustentável.
Também atuamos na coordenação do reaproveitamento de resíduos, os quais são basicamente restos de tecidos e aviamentos da indústria têxtil para desenvolver produtos que carregam muitas histórias e transformações. Atualmente, dos resíduos que recebemos 70% são doados para artesãs e os outros 30% são utilizados pela Muda Circular, onde participamos diretamente da criação/design dos produtos, e utilizamos os nossos canais de venda para dar visibilidade a eles, também desenvolvemos brindes para empresas (B2B) e construímos diversas collabs (parceria entre marcas), em especial com pequenos e novos empreendedores.
A sustentabilidade está no nosso DNA, somos uma solução baseada nos três pilares (econômico, social e ambiental) para o problema de descarte da indústria têxtil. Buscamos um crescimento econômico desconectado da exploração de recursos naturais, definindo novos ciclos de matérias e novos modelos de negócio. O nosso universo é complexo e desafiador, trabalhamos com motivação, organização e propósito na busca de resultados.”
“Para o processo com os produtos acabados, negociamos com as marcas parceiras, assinamos o contrato e realizamos a compra das caixas fechadas com todas as categorias de produto que seriam descartadas por estarem fora do padrão de qualidade. Em geral essa compra é feita uma vez ao ano e na maioria dos casos não sabemos quais peças existem lá, o que torna o nosso processo mais desafiador. Algumas marcas já conseguem nos passar uma ideia do que deve conter nas caixas, mas não é sempre que temos essa informação.
Após a compra, as peças são separadas de acordo com a qualidade e o tipo de problema/defeito. Depois elas são etiquetadas, precificadas e incluídas no sistema para identificação. Em seguida, é feito o processo de upcycling, que é onde a magia acontece. Realizamos cada um dos ajustes necessários, podendo ser costura, lavagem, tinturaria e o que mais precisar até a peça ficar pronta para a venda. Com as roupas já prontas, encaminhamos elas para um dos nossos canais de venda: lojas físicas, loja online, atacado, bazar, feiras e eventos.
Com relação à doação de tecidos, recebemos a cada 15 dias as sobras de corte das fábricas. Podendo chegar a uma vez por semana, dependendo do volume de produção das marcas, por exemplo, pré-lançamento de coleção.
Posteriormente, nós realizamos a separação dos tecidos, 70% doamos para artesãs e 30% servirão de matéria-prima para os produtos da Muda. Levamos em conta as estampas que possuem mais relação com a nossa marca e com as peças que pretendemos desenvolver. Realizamos então o design, molde, peça piloto e levamos o produto para aprovação. Uma vez que ele for aprovado, entramos em contato com os nossos fornecedores (os quais em sua grande maioria já fazem parte do projeto de doação de tecidos) para produção. E com os produtos prontos encaminhamos para os canais de venda.”
“A partir de todos os fatos que contemplam esse relato é possível constatar que a Oficina Muda só está crescendo e se aprimorando cada dia mais. O nosso objetivo é espalhar os nossos valores pelo mundo e impactar as pessoas, aumentando assim a nossa rede de parceiros em busca de um futuro mais sustentável para todos nós.
O upcycling dentro da moda não é mais uma novidade. É preciso que outras marcas também tenham esse conhecimento e o desejo de mudar, por conta disso procuramos novas formas de como melhorar esse processo e de como reaproveitar os resíduos têxteis, nos atualizando de acordo com o setor da moda para evoluirmos e caminharmos juntos.
A Oficina Muda completará 8 anos em 2023 e sabemos que o nosso desafio é enorme, mas queremos fazer parte desse movimento em prol do planeta. Trabalhar com propósito é motivador, inspirador e temos muito orgulho de toda história que construímos e estamos construindo.”
