IOCHPE MAXION S.A.
“O projeto “roda verde” surgiu da emergência colocada pelo grupo Ichope- Maxion em reduzir suas emissões de CO2/ton produzida, com a meta de 30% em redução no período de 2019 a 2025. Ele consiste em duas frentes de melhoria na linha de pintura de rodas da planta de Cruzeiro- SP.
Uma das frentes é a qualitativa, melhorando a efetividade na manutenção de vazamentos pelo controle no Demandaweb e implantação do programa SCADA para evitar emissões desnecessárias do gás. Com isso, a intenção da área é melhorar os processos já vigentes na planta.
Também foram implementadas alterações processuais para diminuir, de fato, as emissões, sendo essa a frente de melhoria quantitativa. Foram estudados materiais com menor necessidade energética em comparação aos já usados na MAXION Cruzeiro, e com isso, em 2022, começou o feedover do ECOAT das linhas de pintura de caminhão, para uma relação entre pasta e verniz que necessita de baixa cura, a troca emitiu em 2022, 97 toneladas de CO2 a menos que no ano anterior, também , o TOPCOAT das mesmas linhas será substituído por uma nova tecnologia, que tende a diminuir as emissões de CO2 em 527 toneladas/ano, e o desengraxante usado na linha de pré tratamento também será substituído por um produto que utiliza uma temperatura menor que o material atual, e tem como expectativa economizar 134 toneladas/ano.
Para alcançar a meta estipulada, foram definidas duas frentes de atuação:
– Melhoria qualitativa
– Alteração do processo químico (melhoria quantitativa)
O time de Engenharia de rodas implementou um sistema online para monitoramento do consumo do gás natural, o “Demandaweb”, com ele, é possível reduzir o desperdício do combustível com maior agilidade na detecção de vazamentos nas máquinas, e por consequência, uma manutenção mais rápida das mesmas. A eficácia da plataforma se deve pela transmissão de avisos por e-mail quando o consumo de gás tem quedas ou subidas bruscas, assim, os setores responsáveis conseguem ter uma resposta rápida para aquela situação.
Com a melhoria, também foi possível otimizar o tempo para análise do consumo, além de obter- se dados mais confiáveis das medições pela plataforma, com isso, estudos de viabilidade de projetos ficaram mais simples e efetivos.
O Demandaweb também é usado como uma ferramenta de verificação dos valores mostrados pelos gasômetros, permitindo, mais uma vez, a maior agilidade na detecção de equipamentos descalibrados ou até mesmo sem condições de uso, e com isso, a planta consegue ter uma maior amplitude de informação sobre seu consumo de gás, seu impacto ambiental, e, portanto, avaliar melhores maneiras de atenua- lo.
Ainda com foco na redução do desperdício de gás, e portanto, na emissão desnecessária de CO2, foi implementada o SCADA- um software desenvolvido por Engenheiros da própria MAXION em 2022 -, uma fiscalização da temperatura da água e do fosfato no pré tratamento da linha de pintura de rodas.
Utilizando dos dados das temperaturas de ambos materiais, um gráfico é desenhado pelo software, permitindo a avaliação da variação da temperatura na etapa da fosfatização. Nessa etapa do processo, a temperatura da água deve estar elevada em até 20°C em relação a temperatura do fosfato, que por sua vez deve estra entre 35°C e 40°C. Com o software, é possível ter em mãos os períodos em que o processo estava com a temperatura acima do necessário, e portanto, atuar de maneira eficiente na diminuição da temperatura e atenuação da causa do aumento.
A informação obtida pelo SCADA fica disponível para os operadores na linha produtiva, aumentando a ciência deles sobre os parâmetros e seus intervalos aceitáveis.
Com a melhoria, é possível fiscalizar de maneira mais rápida e eficiente a temperatura na etapa, e mantê-la de acordo com o especificado, assim, é emitido apenas o estritamente necessário de CO2, também evitando desperdícios.
Alteração do processo químico
A alteração do processo é a ferramenta com real viabilidade para reduzir o as emissões de CO2, uma vez que foram estudados e testados materiais com menor necessidade de calor para as etapas processuais, a diminuição do consumo de gás natural é consequência, e, portanto, as emissões do gás estufa também.
Atualmente, a linha 1 de pintura da MAXION WHEELS já atua em seu tanque de imersão ECOAT com 100% da nova relação entre pasta e verniz. Anteriormente, a relação era de 7:1, e em 2022, foi estudada e implementada a relação 4:1, com isso, a planta teve uma redução de 17ºC na cura do material, e uma redução 98 toneladas de CO2 emitidas por ano, em relação ao anterior. A linha 2 prossegue em seu processo de feedover, com aproximadamente 70% do volume do tanque de imersão composto pelo material de baixa cura, a Engenharia pretende iniciar a redução da temperatura da cura ainda no segundo semestre de 2023. Com ambas as linhas estiverem atuando com o ECOAT baixa cura, a previsão é de que sejam emitidos 158,4 toneladas a menos de CO2 por ano.
Em 2023, duas mudanças serão colocadas em prática na linha: a troca da tinta acrílica por uma substituta com características de uma mistura acrílica e de poliuretano e o uso de desengraxante inorgânico, que é também conhecido como desengraxante a frio, na linha de pintura de rodas de caminhão.
A troca do TOPCOAT, tinta utilizada na pintura das rodas, para o PRATA MONO 1k, que apresenta as características de uma mistura de material acrílico e poliuretano, necessitando assim de uma menor temperatura para a ativação da catálise é uma inovação no mercado de rodas, e estima emitir 527 toneladas a menos de CO2 por ano em relação ao TOPCOAT usado atualmente nas linhas, que possuem apenas características acrílicas.
A diminuição das emissões está diretamente ligada a baixa no consumo de gás natural devido a redução da temperatura em 80°C, o TOPCOAT usado exige 160ºC de fluído térmico, e o PRATA MONO usa metade dessa temperatura.
O desengraxante inorgânico exige uma temperatura 30°C menor do que o material usado até 2022, a previsão é de que sejam emitidas 11,20 toneladas de CO2 a menos por mês com essa troca.
A economia com o material de baixa temperatura é bem expressiva ao olhar a diminuição de consumo de gás natural com fluído térmico, onde serão economizados 14.600 m³/mês, ou seja, 175.200 m³/ano, resultando nas 97 ton de CO2 emitidas a menos por ano.
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“As práticas descritas tem sua relevância, principalmente na questão ambiental para o Grupo Ichope- Maxion, visto que esse implementou como meta zerar suas emissões de carbono até 2040, sendo assim, o projeto EcoMax possui uma grande prioridade dentro da planta de Cruzeiro.
Nenhuma das práticas e inovações necessiotu de muito investimento no processo já existente, visto que foi focado em troca de material e melhoria nos já utilizados, mas as práticas tendem a gerar uma economia também financeira dentro da planta, devido ao menor consumo de gás natural, que é fornecido diretamente pela CONGÁS, e tem seu preço estipulado por eles. Essa economia, em termos percentuais, tende a aumentar conforme a menor necessidade energética no processo.” A maior inovação do projeto é a utilização da tinta PRATA MONO 1 K para a pintura nas linhas de caminhão, esse material não é utilizado no mercado de rodas atualmente, e quantifica uma emissão de CO2 muito menor para a atmosfera do planeta devido menor utilização de energia para cura desse material. Além disso, a união entre diversos processos que optem pela menor emissão de CO2 para atmosfera, com previsão de emitir mais de 600 ton a menos por ano é uma inovação no setor.
“O projeto “roda verde” surgiu da emergência colocada pelo grupo Ichope- Maxion em reduzir suas emissões de CO2/ton produzida, com a meta de 30% em redução no período de 2019 a 2025. Ele consiste em duas frentes de melhoria na linha de pintura de rodas da planta de Cruzeiro- SP.
Uma das frentes é a qualitativa, melhorando a efetividade na manutenção de vazamentos pelo controle no Demandaweb e implantação do programa SCADA para evitar emissões desnecessárias do gás. Com isso, a intenção da área é melhorar os processos já vigentes na planta.
Também foram implementadas alterações processuais para diminuir, de fato, as emissões, sendo essa a frente de melhoria quantitativa. Foram estudados materiais com menor necessidade energética em comparação aos já usados na MAXION Cruzeiro, e com isso, em 2022, começou o feedover do ECOAT das linhas de pintura de caminhão, para uma relação entre pasta e verniz que necessita de baixa cura, a troca emitiu em 2022, 97 toneladas de CO2 a menos que no ano anterior, também , o TOPCOAT das mesmas linhas será substituído por uma nova tecnologia, que tende a diminuir as emissões de CO2 em 527 toneladas/ano, e o desengraxante usado na linha de pré tratamento também será substituído por um produto que utiliza uma temperatura menor que o material atual, e tem como expectativa economizar 134 toneladas/ano.
Para alcançar a meta estipulada, foram definidas duas frentes de atuação:
– Melhoria qualitativa
– Alteração do processo químico (melhoria quantitativa)
O time de Engenharia de rodas implementou um sistema online para monitoramento do consumo do gás natural, o “Demandaweb”, com ele, é possível reduzir o desperdício do combustível com maior agilidade na detecção de vazamentos nas máquinas, e por consequência, uma manutenção mais rápida das mesmas. A eficácia da plataforma se deve pela transmissão de avisos por e-mail quando o consumo de gás tem quedas ou subidas bruscas, assim, os setores responsáveis conseguem ter uma resposta rápida para aquela situação.
Com a melhoria, também foi possível otimizar o tempo para análise do consumo, além de obter- se dados mais confiáveis das medições pela plataforma, com isso, estudos de viabilidade de projetos ficaram mais simples e efetivos.
O Demandaweb também é usado como uma ferramenta de verificação dos valores mostrados pelos gasômetros, permitindo, mais uma vez, a maior agilidade na detecção de equipamentos descalibrados ou até mesmo sem condições de uso, e com isso, a planta consegue ter uma maior amplitude de informação sobre seu consumo de gás, seu impacto ambiental, e, portanto, avaliar melhores maneiras de atenua- lo.
Ainda com foco na redução do desperdício de gás, e portanto, na emissão desnecessária de CO2, foi implementada o SCADA- um software desenvolvido por Engenheiros da própria MAXION em 2022 -, uma fiscalização da temperatura da água e do fosfato no pré tratamento da linha de pintura de rodas.
Utilizando dos dados das temperaturas de ambos materiais, um gráfico é desenhado pelo software, permitindo a avaliação da variação da temperatura na etapa da fosfatização. Nessa etapa do processo, a temperatura da água deve estar elevada em até 20°C em relação a temperatura do fosfato, que por sua vez deve estra entre 35°C e 40°C. Com o software, é possível ter em mãos os períodos em que o processo estava com a temperatura acima do necessário, e portanto, atuar de maneira eficiente na diminuição da temperatura e atenuação da causa do aumento.
A informação obtida pelo SCADA fica disponível para os operadores na linha produtiva, aumentando a ciência deles sobre os parâmetros e seus intervalos aceitáveis.
Com a melhoria, é possível fiscalizar de maneira mais rápida e eficiente a temperatura na etapa, e mantê-la de acordo com o especificado, assim, é emitido apenas o estritamente necessário de CO2, também evitando desperdícios.
Alteração do processo químico
A alteração do processo é a ferramenta com real viabilidade para reduzir o as emissões de CO2, uma vez que foram estudados e testados materiais com menor necessidade de calor para as etapas processuais, a diminuição do consumo de gás natural é consequência, e, portanto, as emissões do gás estufa também.
Atualmente, a linha 1 de pintura da MAXION WHEELS já atua em seu tanque de imersão ECOAT com 100% da nova relação entre pasta e verniz. Anteriormente, a relação era de 7:1, e em 2022, foi estudada e implementada a relação 4:1, com isso, a planta teve uma redução de 17ºC na cura do material, e uma redução 98 toneladas de CO2 emitidas por ano, em relação ao anterior. A linha 2 prossegue em seu processo de feedover, com aproximadamente 70% do volume do tanque de imersão composto pelo material de baixa cura, a Engenharia pretende iniciar a redução da temperatura da cura ainda no segundo semestre de 2023. Com ambas as linhas estiverem atuando com o ECOAT baixa cura, a previsão é de que sejam emitidos 158,4 toneladas a menos de CO2 por ano.
Em 2023, duas mudanças serão colocadas em prática na linha: a troca da tinta acrílica por uma substituta com características de uma mistura acrílica e de poliuretano e o uso de desengraxante inorgânico, que é também conhecido como desengraxante a frio, na linha de pintura de rodas de caminhão.
A troca do TOPCOAT, tinta utilizada na pintura das rodas, para o PRATA MONO 1k, que apresenta as características de uma mistura de material acrílico e poliuretano, necessitando assim de uma menor temperatura para a ativação da catálise é uma inovação no mercado de rodas, e estima emitir 527 toneladas a menos de CO2 por ano em relação ao TOPCOAT usado atualmente nas linhas, que possuem apenas características acrílicas.
A diminuição das emissões está diretamente ligada a baixa no consumo de gás natural devido a redução da temperatura em 80°C, o TOPCOAT usado exige 160ºC de fluído térmico, e o PRATA MONO usa metade dessa temperatura.
O desengraxante inorgânico exige uma temperatura 30°C menor do que o material usado até 2022, a previsão é de que sejam emitidas 11,20 toneladas de CO2 a menos por mês com essa troca.
A economia com o material de baixa temperatura é bem expressiva ao olhar a diminuição de consumo de gás natural com fluído térmico, onde serão economizados 14.600 m³/mês, ou seja, 175.200 m³/ano, resultando nas 97 ton de CO2 emitidas a menos por ano.
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“As melhorias qualitativas aplicadas na planta, são geridas de maneira simples.
O Demandaweb envia e-mails para os engenheiros responsáveis pelas linhas de pintura quando ocorrem mudanças, os mesmos já conseguem fazer uma análise rápida para se aquele ocorrido foi programado ou não. Ainda sobre a plataforma, a engenharia realiza verificações diárias para averiguar se o programado foi cumprido no dia, e também para ter uma visão geral da produção, e pleno funcionamento dos equipamentos.
O SCADA, após ter sido desenvolvido por Mikael Cordeiro, engenheiro físico da área de Engenharia de Processos da MAXION, foi aplicado pelo mesmo no ano de 2022. Em 2023, o software foi passado como responsabilidade da área de pintura da Engenharia de Manufatura, a qual ficou responsável por utilizar as funções do software e acompanhar os parâmetros especificados.
A gestão do ECOAT baixa cura, é a melhoria que teve, e ainda tem maior necessidade de acompanhamento, uma vez que após todos os testes, ela ainda está adentrando ao processo produtivo da empresa, e na pintura de rodas de caminhões, são usados tanques de imersão, que não foram completamente esvaziados para a utilização da nova proporção entre pasta e verniz, o que gerou uma necessidade de acompanhamento contínuo e trabalho mútuo entre a Engenharia e fornecedor.
O desengraxante à frio está em fase final de estudo para aplicação, a planta tem contato diretamente com a planta MAXION de Limeira, que já aplica o material em sua linha de pré tratamento, a previsão é de que até meados de 2023, ele já esteja aplicado nas linhas de Cruzeiro.
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“O grupo IOCHOPE-MAXION possui suas plantas com uma integração excelente, principalmente ao tratar-se de plantas com maior proximidade física, e com isso, as melhorias são fácil e constantemente replicadas em suas unidades.
A plataforma Demandaweb foi disseminada no grupo de pintura da planta de CRUZEIRO, sendo replicado pelo setor de componentes estruturais e também na planta de SANTO ANDRÉ. A utilização dela, também foi publicada no IMAX, site do grupo para disseminação de melhorias estudadas e implementadas para todas as plantas MAXION no mundo. Além disso, clientes e fornecedores também foram incluídos na disseminação da plataforma, como a CONGÁS, que utiliza, junto à Engenharia da MAXION Cruzeiro, dos dados do Demandaweb para verificação do consumo da planta.
O ECOAT com baixa cura, foi replicado, dentro da própria planta para a área de componentes estruturais, e também
O uso do desengraxante à frio é hoje aplicado na planta de Limeira, e com o sucesso que os testes vem apresentando na planta de Cruzeiro, também apresenta capacidade de disseminação e replicação para as outras plantas.
O PRATA MONO 1K ainda não é usado em nenhuma planta MAXION, entretanto, o sucesso nos testes e a iminência da tecnologia entrar no processo de pintura de rodas da MAXION Cruzeiro, torna sua disseminação e replicação apenas uma questão de tempo.
Em relação, à continuidade do projeto, a planta de Cruzeiro prevê aumentar suas melhorias em relação à sustentabilidade, nunca as diminuir. Então, o uso das tecnologias já implementadas e as que estão sendo testadas continuarão em uso e as que ainda não estão aplicadas no processo produtivo estarão em um futuro próximo.
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