Logo Prêmio Eco
Ano: 2023

Hotéis Plastic Free – Eliminação do plástico de uso único na experiência dos hóspedes.

Accor Hospitality América Latina

Categoria: Produtos ou Serviços

Aspectos Gerais da Prática:

“A problemática da utilização intensiva de plástico de uso único não é exclusividade do setor de hospitalidade, porém, esse setor contribui significativamente para a produção de resíduos plásticos e a poluição plástica em todo o mundo. A cultura da hospitalidade do século XX foi baseada em oferecer produtos, brindes, mimos, e experiências de consumo intensivo que vão na contramão dos novos paradigmas de desenvolvimento sustentável. Há mais de dez anos, a Accor vem liderando discussões sobre o tema de sustentabilidade no setor hoteleiro, e no ano de 2022 colocou em prática um projeto ambicioso de eliminação de plástico de uso único da experiência de seus hóspedes, muito afinado com a iniciativa global das Nações Unidas para a sustentabilidade do turismo.
A meta ambiciosa de eliminar o plástico das operações hoteleiras foi um compromisso assumido publicamente pelo CEO Global da Accor, Sebastian Bazin, e os resultados desse projeto estiveram atrelados às metas individuais de todos os executivos do grupo durante o ano de 2022, o que se repetiu para o ano de 2023, com ambições ainda maiores.
O projeto foi liderado pela área de sustentabilidade, porém, com atuação de praticamente todas as áreas da empresa, e contemplou um amplo escopo de eliminação de 48 itens previamente mapeados dentro da experiência de hóspedes que continham plástico de uso único. A meta estabeleceu que ao final do ano de 2022 pelo menos 80% dos hotéis da empresa já estariam livres desses 48 itens. Ao final, o resultado atingido tanto em âmbito regional (Américas), quanto em âmbito global foi de 84% dos hotéis, superando a proposta inicial.
Para atingir esse resultado, uma série de medidas foram tomadas. Em âmbito de governança, foi formado o Comitê ESG Américas, com participação ativa do CEO Américas nas discussões, acompanhamento e tomadas de decisão. Em âmbito de gestão, utilizou-se um sistema de gestão já existente chamado GAIA, que foi atualizado e potencializado com a inclusão de todos os itens que os hotéis deveriam eliminar, um trabalho de tecnologia da informação que garantiu rastreabilidade do processo. Houve ainda um comitê técnico com representantes de várias áreas correlatas, que montou um tool kit detalhado para os gerentes gerais de hotéis, apresentando alternativas e orientações para cada um dos itens contemplados no escopo de eliminação. Os dados autodeclarados preenchidos pelos gerentes gerais e suas respectivas evidências foram auditados triplamente, pelas auditorias de padrões de marca conduzidas pela área de customer experience, durante as auditorias financeiras conduzidas pela auditoria interna, e por fim pelas visitas dos diretores operacionais aos hotéis dentro de seu escopo. Todas essas auditorias contaram com um amplo check-list para conferência de cada um dos itens eliminados, e das substituições homologadas de menor impacto ambiental.
Como o projeto partiu do compromisso público assumido pela Accor, isso fez com que áreas antes pouco envolvidas com a temática de sustentabilidade tivessem de se aproximar e contribuir com parte da execução e do desenvolvimento de soluções. A área de compras compartilhadas, por exemplo, tratou de desenvolver, homologar e certificar fornecedores de diversos produtos alternativos ao plástico, desde escovas de dente de madeira ou bambu, até manteigas embaladas em papel, para substituir os blisters plásticos. Um dos desenvolvimentos mais complexos esteve relacionado aos amenities (shampoo, sabonete, condicionador, etc.), antes em embalagens individuais de plástico, e que passaram a ser oferecidos aos hóspedes em dispensadores de múltiplos usos. O desenvolvimento junto aos fornecedores foi conduzido de maneira a atender por um lado os padrões de sustentabilidade de embalagem, reduzindo em até 90% a quantidade de plástico dispendida, e por outro garantindo a eliminação de substâncias que pudessem causar qualquer danos ao meio ambiente, à biodiversidade e às pessoas, o que no caso de agentes químicos presentes em cosméticos é uma tarefa complexa.
Outra área que esteve diretamente envolvida, com um compromisso importante, foi a área de Alimentos e Bebidas. A substituição de embalagens plásticas de produtos alimentícios ainda está longe de ser uma realidade, mas os desenvolvimentos realizados para a Accor contemplaram itens historicamente de plástico como talheres, pratos e copos descartáveis, e itens embalados em plástico como blisters individuais de geleia, iogurtes, biscoitos, e até mesmo embalagens para delivery ou serviço de quarto. O desafio de Alimentos e bebidas foi grande, uma vez que acabávamos de sair de uma pandemia em que toda e qualquer interação com hóspedes havia sido respaldada de maneira sanitária por artigos de plástico como luvas, capas, máscaras, etc.
O racional do projeto contou com os “R” da sustentabilidade, dos quais “Reduzir” foi a palavra de ordem. Questionou-se ao longo do ano por diversas vezes o que era ou não fundamental para a experiência dos hóspedes. Em alguns casos, eliminou-se completamente o item, gerando inclusive economia para os hotéis, em outros, recomendou-se a compra de itens alternativos que por vezes eram bem mais caros do que aqueles em plástico. Em outros casos ainda, deixamos diversos itens sob demanda na recepção, fazendo com que o consumo desses itens reduzisse significativamente comparados a quando ficavam disponíveis o tempo todo nos quartos. Os sacos de lavanderia são um exemplo assim. Deixávamos sempre as sacolas plásticas nos quartos, e com o projeto, repensamos essa necessidade e agora para a maior parte de nossas marcas, temos sacos de lavanderia em material retornável (TNT ou tecido) disponível na recepção. Isso faz com que o hóspede utilize esse item apenas se realmente precisar enviar roupas à lavanderia, e não deliberadamente como ocorria no passado.
A comunicação dessas medidas aos hóspedes foi uma parte importante do desenvolvimento do projeto, uma vez que todas essas alterações impactaram de alguma maneira a experiência dos hóspedes, que se viram também convidados a mudar seus comportamentos durante sua estadia. Para esse ponto, a área de marketing realizou um trabalho que mudou a forma de comunicar a sustentabilidade, fazendo com que cada uma das marcas da Accor se apropriasse do tema dentro de sua própria forma de comunicação, mais objetiva para as marcas econômicas como Ibis, e mais sofisticadas para as marcas premium e luxo, como Pullman ou Fairmont.
O engajamento dos hóspedes nesse projeto foi um fator chave para a mudança, e pudemos sentir isso pela repercussão muito positiva que tivemos sobre essas alterações. Buscamos a excelência no atendimento e superação das expectativas dos nossos clientes, mas não a qualquer custo. Passamos a colocar na balança o peso do impacto socioambiental daquilo que oferecemos aos clientes, e isso foi um fator determinante para obtermos sucesso. Os hotéis da Accor hoje se posicionam como parte da sociedade e assumem a responsabilidade também de sensibilizar e contribuir para a mudança de comportamento dos consumidores. O objetivo de longo prazo desse projeto, bem como de toda a estratégia de sustentabilidade da empresa é fazer com que cada estadia em um hotel da Accor seja uma contribuição positiva para a sociedade e para o planeta.

Relevância para o Negócio:

“Setor de turismo é responsável por 8% a 11% das emissões globais de GEE (Segundo WTTC, 2021) e segundo a consultoria McKinsey, 70% do valor criado pelas empresas gera externalidades negativas. Assim, a Accor reconhece o impacto de suas operações hoteleiras e entende que as expectativas dos hóspedes, cliente, investidores e sociedade civil estão em constante evolução rumo uma maior exigência em termos de redução de impacto socioambiental negativo e geração de externalidades positivas. Segundo pesquisa da empresa Booking.com, 61% dos viajantes dizem que a pandemia os fez querer viajar de forma mais sustentável, e 73% dos viajantes tem mais probabilidade de escolher acomodações com políticas de sustentabilidade. Além disso, no que se refere a própria base de clientes estratégicos da Accor, 70% desses já estão comprometidos em atingir Net Zero de acordo com o SBTi, logo, cobrarão de seus parceiros comerciais os mesmos compromissos.
Com esse senso de urgência para as questões de mitigação de impactos, a Accor foi a primeira rede de hospitalidade a também se comprometer com SBTi (Science Based Targets Initiative), com compromisso de atingir Net Zero no máximo em 2050, com redução de 50% das emissões atmosféricas até 2030. Além disso, Accor faz parte da Sustainable Hospitality Alliance, iniciativa de colaboração global ligada à Organização das Nações Unidas para busca de soluções mais sustentáveis para o setor, com mais de 45 mil hotéis em todo o mundo.
Por fim, a Accor é membro ativo da “Global Tourism Plastics Initiative” (GTPI), lançada pelas Nações Unidas com apoio da Ellen MacArthur Foundation, com objetivo de trazer soluções e mensurar a transição para economia circular, reportando anualmente a evolução de maneira transparente, e desde janeiro de 2023, Accor faz parte da “Business Coalition for a Global Plastics Treaty”, em conjunto com WWF, com objetivo de formalizar um tratado global para eliminar o plástico de uso único.
Dado o envolvimento significativo da empresa com a temática de sustentabilidade, em especial de eliminação do plástico de uso único, esse foi um dos projetos mais relevantes para a empresa no ano de 2022, atingindo resultados que vão ao encontro das expectativas dos principais stakeholders e posicionam a empresa na liderança do mercado de hospitalidade, o que é corroborado pelas principais agências de rating, como Fitch e S&P.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

“No início do projeto de eliminação de artigos de plástico de uso único, buscou-se entender o que já existia em termos de práticas de mercado, e para surpresa dos profissionais envolvidos, nenhuma grande cadeia de hotéis havia realizado nada similar. Assim, as cadeias produtivas de diversos materiais tiveram de ser adequadas e desenvolvidas, e buscou-se inovação desde o fornecimento de produtos e serviços, até a aplicação dessas mudanças nas operações hoteleiras. Por exemplo, os fornecedores de amenities individuais de plástico (shampoos, sabonetes, condicionadores), a pedido da Accor passaram a desenvolver soluções em dispensadores de múltiplos usos, uma prática inovadora no setor de hotelaria, e que há muito tempo apenas se estudava, sem haver implantação em escala em nenhum grande grupo hoteleiro. Outro exemplo de inovação é o caso dos itens de alimentos e bebidas, que tiveram que passar por alterações significativas, gerando desenvolvimento de cadeias de fornecedores capazes de também reduzir a utilização de plástico de uso único em seus processos produtivos.
Os processos de recepção de hóspedes também contaram com inovações incrementais, que mudaram processos visando a eco eficiência das operações e a redução da pegada ambiental dos empreendimentos. A eliminação do plástico de uso único fez com que a empresa se mobilizasse para buscar as melhores alternativas levando em consideração análise de ciclo de vida de produtos, que pela primeira vez passaram a ser fator decisivo na tomada de decisão por determinados fornecedores em detrimento a outros. Incluir a ACL (Análise de Ciclo de Vida) como fator determinante para escolha de compra de materiais foi um grande avanço e que possibilitou uma abertura das RFPs pela primeira vez considerando aspectos como impacto em emissões de carbono, uso da terra, ameaça a vida marinha e à biodiversidade terrestre, potencial de contaminação humana por materiais, entre outros.
Para essa inovação, tivemos o apoio da consultoria global Quantis, que realizou um amplo estudo para embasar as tomadas de decisão em termos de materiais e embalagens. Pela primeira vez, pudemos nos certificar sobre a pegada ambiental de nossos produtos e serviços. Junto a essa análise, nosso sistema de mensuração de indicadores não financeiros (socioambientais) passou por mudanças que visaram garantir transparência dos dados e um reporte apropriado ao mercado tanto a nível de país quanto a nível global. A análise do cumprimento ou não de itens do sistema GAIA resultou em uma abordagem mais inteligente dos fatores de risco e impacto. Assim, os times responsáveis pela execução do projeto puderam focar em ações locais de alto impacto, e sempre que se notou dificuldades, por exemplo com fornecedores em determinada região, o sistema nos apontava a necessidade de desenvolvimento, e o time de compras compartilhadas podia então agir para esse desenvolvimento localizado, focando esforços em ações de alto resultado.

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“A problemática da utilização intensiva de plástico de uso único não é exclusividade do setor de hospitalidade, porém, esse setor contribui significativamente para a produção de resíduos plásticos e a poluição plástica em todo o mundo. A cultura da hospitalidade do século XX foi baseada em oferecer produtos, brindes, mimos, e experiências de consumo intensivo que vão na contramão dos novos paradigmas de desenvolvimento sustentável. Há mais de dez anos, a Accor vem liderando discussões sobre o tema de sustentabilidade no setor hoteleiro, e no ano de 2022 colocou em prática um projeto ambicioso de eliminação de plástico de uso único da experiência de seus hóspedes, muito afinado com a iniciativa global das Nações Unidas para a sustentabilidade do turismo.
A meta ambiciosa de eliminar o plástico das operações hoteleiras foi um compromisso assumido publicamente pelo CEO Global da Accor, Sebastian Bazin, e os resultados desse projeto estiveram atrelados às metas individuais de todos os executivos do grupo durante o ano de 2022, o que se repetiu para o ano de 2023, com ambições ainda maiores.
O projeto foi liderado pela área de sustentabilidade, porém, com atuação de praticamente todas as áreas da empresa, e contemplou um amplo escopo de eliminação de 48 itens previamente mapeados dentro da experiência de hóspedes que continham plástico de uso único. A meta estabeleceu que ao final do ano de 2022 pelo menos 80% dos hotéis da empresa já estariam livres desses 48 itens. Ao final, o resultado atingido tanto em âmbito regional (Américas), quanto em âmbito global foi de 84% dos hotéis, superando a proposta inicial.
Para atingir esse resultado, uma série de medidas foram tomadas. Em âmbito de governança, foi formado o Comitê ESG Américas, com participação ativa do CEO Américas nas discussões, acompanhamento e tomadas de decisão. Em âmbito de gestão, utilizou-se um sistema de gestão já existente chamado GAIA, que foi atualizado e potencializado com a inclusão de todos os itens que os hotéis deveriam eliminar, um trabalho de tecnologia da informação que garantiu rastreabilidade do processo. Houve ainda um comitê técnico com representantes de várias áreas correlatas, que montou um tool kit detalhado para os gerentes gerais de hotéis, apresentando alternativas e orientações para cada um dos itens contemplados no escopo de eliminação. Os dados autodeclarados preenchidos pelos gerentes gerais e suas respectivas evidências foram auditados triplamente, pelas auditorias de padrões de marca conduzidas pela área de customer experience, durante as auditorias financeiras conduzidas pela auditoria interna, e por fim pelas visitas dos diretores operacionais aos hotéis dentro de seu escopo. Todas essas auditorias contaram com um amplo check-list para conferência de cada um dos itens eliminados, e das substituições homologadas de menor impacto ambiental.
Como o projeto partiu do compromisso público assumido pela Accor, isso fez com que áreas antes pouco envolvidas com a temática de sustentabilidade tivessem de se aproximar e contribuir com parte da execução e do desenvolvimento de soluções. A área de compras compartilhadas, por exemplo, tratou de desenvolver, homologar e certificar fornecedores de diversos produtos alternativos ao plástico, desde escovas de dente de madeira ou bambu, até manteigas embaladas em papel, para substituir os blisters plásticos. Um dos desenvolvimentos mais complexos esteve relacionado aos amenities (shampoo, sabonete, condicionador, etc.), antes em embalagens individuais de plástico, e que passaram a ser oferecidos aos hóspedes em dispensadores de múltiplos usos. O desenvolvimento junto aos fornecedores foi conduzido de maneira a atender por um lado os padrões de sustentabilidade de embalagem, reduzindo em até 90% a quantidade de plástico dispendida, e por outro garantindo a eliminação de substâncias que pudessem causar qualquer danos ao meio ambiente, à biodiversidade e às pessoas, o que no caso de agentes químicos presentes em cosméticos é uma tarefa complexa.
Outra área que esteve diretamente envolvida, com um compromisso importante, foi a área de Alimentos e Bebidas. A substituição de embalagens plásticas de produtos alimentícios ainda está longe de ser uma realidade, mas os desenvolvimentos realizados para a Accor contemplaram itens historicamente de plástico como talheres, pratos e copos descartáveis, e itens embalados em plástico como blisters individuais de geleia, iogurtes, biscoitos, e até mesmo embalagens para delivery ou serviço de quarto. O desafio de Alimentos e bebidas foi grande, uma vez que acabávamos de sair de uma pandemia em que toda e qualquer interação com hóspedes havia sido respaldada de maneira sanitária por artigos de plástico como luvas, capas, máscaras, etc.
O racional do projeto contou com os “R” da sustentabilidade, dos quais “Reduzir” foi a palavra de ordem. Questionou-se ao longo do ano por diversas vezes o que era ou não fundamental para a experiência dos hóspedes. Em alguns casos, eliminou-se completamente o item, gerando inclusive economia para os hotéis, em outros, recomendou-se a compra de itens alternativos que por vezes eram bem mais caros do que aqueles em plástico. Em outros casos ainda, deixamos diversos itens sob demanda na recepção, fazendo com que o consumo desses itens reduzisse significativamente comparados a quando ficavam disponíveis o tempo todo nos quartos. Os sacos de lavanderia são um exemplo assim. Deixávamos sempre as sacolas plásticas nos quartos, e com o projeto, repensamos essa necessidade e agora para a maior parte de nossas marcas, temos sacos de lavanderia em material retornável (TNT ou tecido) disponível na recepção. Isso faz com que o hóspede utilize esse item apenas se realmente precisar enviar roupas à lavanderia, e não deliberadamente como ocorria no passado.
A comunicação dessas medidas aos hóspedes foi uma parte importante do desenvolvimento do projeto, uma vez que todas essas alterações impactaram de alguma maneira a experiência dos hóspedes, que se viram também convidados a mudar seus comportamentos durante sua estadia. Para esse ponto, a área de marketing realizou um trabalho que mudou a forma de comunicar a sustentabilidade, fazendo com que cada uma das marcas da Accor se apropriasse do tema dentro de sua própria forma de comunicação, mais objetiva para as marcas econômicas como Ibis, e mais sofisticadas para as marcas premium e luxo, como Pullman ou Fairmont.
O engajamento dos hóspedes nesse projeto foi um fator chave para a mudança, e pudemos sentir isso pela repercussão muito positiva que tivemos sobre essas alterações. Buscamos a excelência no atendimento e superação das expectativas dos nossos clientes, mas não a qualquer custo. Passamos a colocar na balança o peso do impacto socioambiental daquilo que oferecemos aos clientes, e isso foi um fator determinante para obtermos sucesso. Os hotéis da Accor hoje se posicionam como parte da sociedade e assumem a responsabilidade também de sensibilizar e contribuir para a mudança de comportamento dos consumidores. O objetivo de longo prazo desse projeto, bem como de toda a estratégia de sustentabilidade da empresa é fazer com que cada estadia em um hotel da Accor seja uma contribuição positiva para a sociedade e para o planeta.

Gestão da Prática Relatada:

“A gestão do projeto foi realizada seguindo a governança global e local. A nível global, a área corporativa de sustentabilidade geriu os resultados providos pelo sistema de gestão. A nível local, certificamos de que os reportes dos hotéis na ferramenta de gestão estavam satisfatórios, e reproduzindo a realidade, que nem sempre é perfeita. Desde problemas com fornecedores, resistência de investidores para realizarem trocas de produtos, entre outras dificuldades que foram objeto de discussões e de melhorias na gestão dos aspectos socioambientais da empresa.
Os reportes autodeclarados na ferramenta GAIA, e suas devidas evidências formaram a base para tomadas de decisão a nível regional e a nível de itens a serem eliminados. Discussões contínuas sobre melhores práticas envolvendo gerentes gerais de hotéis e profissionais de áreas de apoio foram fundamentais para uma gestão ágil de mudanças e uma implementação tranquila em quase todos os casos.
Ao final do ano, o atingimento foi testado por três auditorias que constataram falhas de reporte inexpressivas e que não mudaram o resultado final do projeto, superando assim a meta estabelecida. Caso haja necessidade, o time está à disposição para mostrar o funcionamento da ferramenta GAIA, e como a gestão é realizada na prática nos mais de 5.000 hotéis da Accor.

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“A continuidade do projeto dentro da Accor já está em andamento, uma vez que o compromisso de eliminação de plástico em 2023 foi ampliado agora também para a parte operacional e de BackOffice dos hotéis, mesmo sem contato com os hóspedes. Ao analisar o mercado de hospitalidade, vemos que outros grandes players estão se movimentando na mesma direção. Por enquanto apenas um competidor internacional se comprometeu publicamente com a eliminação, mas vemos outros com compromissos de reduzir significativamente a utilização de plástico de uso único em suas operações e grande parte já começando a migração para dispensadores de amenities.
A replicação desse projeto por empresas de outros setores e do próprio setor de hospitalidade é altamente factível, pois trata-se de reduzir o consumo, mudar processos, produtos e serviços que estão no dia-a-dia de diversas empresas de muitos segmentos. Um supermercado, por exemplo pode eliminar o plástico de uso único de diversos itens, como degustações, embalagens e até mesmo sacolas. Um restaurante pode aplicar os mesmos conceitos, e uma indústria, da mesma forma em suas operações e atividades produtivas. Basta repensar sobre o que trazemos do século passado para essa nova fase de adaptação da sociedade que demandará um esforço e provocações contínuas sobre os impactos que geramos. Na Accor, queremos ser modelo de sustentabilidade, mas acreditamos que as boas práticas estão aí para serem copiadas e sempre aprimoradas. Assim, quando vemos ações similares às nossas, em empresas como companhias aéreas, varejo, serviços, indústria, e até mesmo em competidores do mesmo setor, temos a certeza de que estamos no caminho certo, rumo a uma sociedade de baixo carbono e a uma economia circular e regenerativa.