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Ano: 2023

Gestão de Resíduos de Construção Civil

Raia Drogasil S/A

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

“A Raia Drogasil S.A. (RD) é uma Companhia de capital aberto fundada em 2011 a partir da fusão entre Droga Raia e Drogasil. Desde então, vem crescendo de forma consistente e criando valor para seus stakeholders ao se posicionar como uma empresa de soluções integradas de saúde, além da atuação no varejo farmacêutico.
Em 2022, crescemos 8,3% em número de farmácias, mantendo a trajetória de expansão e cumprindo a meta de abrir 260 novas unidades por ano, o que corresponde a, em média, a inauguração de uma nova farmácia por dia útil.
Fechamos o ano de 2022 com 2.697 farmácias – 1.127 da Droga Raia e 1.570 da Drogasil –, distribuídas em todos os estados brasileiros e Distrito Federal, que, juntas, somam 390.962,78 m3 de área total do espaço de varejo. Nossa presença em 540 municípios combinada a uma acelerada expansão, fazem da RD líder em número de farmácias e faturamento no varejo farmacêutico no Brasil.
Porém, apesar do crescimento ser um bom indicativo para RD, mais unidades representam mais obras, que resultam na geração de mais resíduos a serem descartados. Em 2022, geramos mais de 32 mil toneladas de resíduos em nossas operações. Desse montante, mais de 24 mil toneladas vieram da construção civil.
Pensando em como trabalhar esse tema de uma perspectiva mais sustentável, no mesmo ano iniciamos a estruturação de um modelo de gestão diferenciado para os resíduos de construção civil gerados pelas obras do Grupo RD.
Esse modelo tem o objetivo de promover a gestão dos resíduos desde o canteiro, passando pelo transporte, até sua destinação final, sempre de forma ambientalmente correta.
Para gerenciar este projeto, estabelecemos parcerias com empresas e associações especializadas no tema, entre elas, a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que nos ajuda a entender mais profundamente a dimensão do nosso desafio.
Adicionalmente, atuamos em conjunto com a Trashin – empresa especializada na gestão sustentável de resíduos –, que também nos apoia na prospecção de destinos adequados para os resíduos de construção gerados nas obras da RD.
Para engajar fornecedores, promovemos workshops sobre o tema, preparando empreiteiras e construtoras para esse novo modelo. Nas obras selecionadas, os profissionais recebem treinamento completo e especializado sobre boas práticas, os transportadores e destinadores são submetidos a um criterioso processo de homologação e, uma vez aprovados, são escolhidos para seguir com o tratamento dos resíduos.
Ao todo, em 2022, 24 construtoras parceiras da RD foram envolvidas e capacitadas nesse projeto, que englobou obras em 14 estados e 61 municípios espalhados por todo o território nacional.
Vale mencionar que as empreiteiras assinam com a RD um Termo de Responsabilidade Ambiental para mitigar qualquer tipo de risco ou passivo ambiental, formalizando que elas se responsabilizam pelo descarte correto dos resíduos e pela efetivação prática dos conceitos acordados para o projeto.
Em 2022, geramos 24.205 toneladas de resíduos de construção civil.

Relevância para o Negócio:

“A estratégia de negócios da RD caminha em sintonia com a jornada de sustentabilidade rumo à Ambição 2030: ser o grupo que mais contribui para uma sociedade mais saudável. Nesse sentido, nos últimos anos, foram formalizados compromissos e a implantação de ações multissetoriais relacionadas à agenda ESG.
Ao todo desenvolvemos 35 compromissos de sustentabilidade, distribuídos em oito objetivos, que, por sua vez, fazem parte de três pilares: Pessoas + Saudáveis, Negócios + Saudáveis e Planeta + Saudável.
Demos a essa jornada o nome de Todo Cuidado Conta, porque acreditamos que ser sustentável de verdade é cuidar das pessoas, dos negócios e do nosso planeta. E, para chegar lá, estabelecemos métricas e indicadores que mostram como iremos medir nosso progresso nos 35 compromissos.
Ao tratarmos da Gestão de Resíduos de Construção Civil, focamos nossas ações no pilar Planeta + Saudável, mais especificamente no objetivo de “”Potencializar a economia circular na cadeia de valor da RD””. Nesta frente, temos como objetivo zerar o uso de aterros nas operações (matriz, lojas e centros de distribuição). Vale lembrar que, como parte de um compromisso público, nossa ambição é atingir essa meta ousada até 2030.
Avançar na questão de destinação de resíduos de obras é extremamente relevante para a organização. Isso porque a expansão de lojas é, há muitos anos, um dos principais pilares estratégicos e de crescimento da RD, o que envolve obrigatoriamente um volume de obras representativo. Ao trabalharmos essa frente por um viés sustentável, alinhado com os compromissos de sustentabilidade que caminham lado a lado com as decisões do negócio, nos desenvolvemos em uma área de grande impacto para a organização.
Além disso, desde 2019 a RD é signatária do Pacto Global da ONU e segue mobilizada em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O projeto de gestão de resíduos de obras contribui para mais de um dos ODS, sendo eles: 9. Indústria, inovação e infraestrutura; 11. Cidades e comunidades sustentáveis; 13. Ação contra a mudança global do clima e 17. Parcerias e meios de implementação.
” “O Brasil é um dos países que mais geram resíduos sólidos no mundo. E embora a gestão de resíduos seja um tema que faz parte do escopo das iniciativas sustentáveis de diversos setores produtivos e de serviços, dados de 2018 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, a Abrelpe, dão conta de que só reciclamos 3% do lixo que geramos. Cerca de 45% são lançados em lixões, aterros precários ou nem sequer coletados. O resto destina-se para aterros sanitários, que estão longe de resolver o problema.
O ideal é que sejam criadas condições que levem em conta o conceito de economia circular, ou seja, uma cadeia de produção em que o descarte praticamente não acontece, porque tudo é reaproveitado ou destinado com o devido cuidado.
Pensando nisso, entendemos ser necessária a criação de um modelo que promovesse a gestão dos resíduos desde o canteiro, passando pelo transporte e seguisse até sua destinação final, sempre de forma ambientalmente adequada. A circularidade foi a grande inovação trazida pelo modelo que assumimos, especialmente por sua aplicação acontecer no setor do varejo de farmácias e em parceria com diversos atores, em cada uma das etapas do processo.
Para a ideia funcionar na prática, sabíamos que seria necessário contar com parceiros que promovessem alternativas circulares no tratamento dos resíduos, incluindo áreas de transbordo e triagem, usinas de reciclagem, aterros de inertes e, em alguns casos, doações para prefeituras, que acabam utilizando os resíduos para outras finalidades, como obras de pavimentação.
Duas parcerias fundamentais foram estabelecidas. A primeira com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), representante do setor da reciclagem de resíduos da construção no país. Com o apoio da associação, pudemos conhecer mais sobre as tecnologias de destinação de resíduos de construção civil corretas do ponto de vista ambiental e enxergar o tamanho do nosso desafio. Nossa segunda parceria foi com a Trashin, empresa especializada na gestão sustentável de resíduos, que passou a apoiar a RD na prospecção de destinos adequados para os resíduos de construção gerados em nossas obras.
A certa altura do projeto percebemos que uma transformação nesse nível ultrapassa os limites do negócio. Para que a mudança fosse efetiva, precisaríamos engajar fornecedores em práticas mais sustentáveis. Por isso, promovemos workshops sobre o tema, preparando empreiteiras e construtoras para entender e trabalhar nesse novo modelo. Nas 89 obras que seguiram esse novo padrão em 2022, os profissionais passaram por treinamento completo e especializado sobre boas práticas no tema de descarte e destinação de resíduos. Transportadores e destinadores também foram submetidos a um criterioso processo de homologação individual, levando em conta os aspectos específicos de cada região do Brasil e, uma vez aprovados, foram escolhidos para seguir com o tratamento dos resíduos.
Ao todo, em 2022, 24 construtoras parceiras da RD foram envolvidas e capacitadas nesse projeto, que englobou obras em 14 estados e 61 municípios espalhados por todo o território nacional.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“A Raia Drogasil S.A. (RD) é uma Companhia de capital aberto fundada em 2011 a partir da fusão entre Droga Raia e Drogasil. Desde então, vem crescendo de forma consistente e criando valor para seus stakeholders ao se posicionar como uma empresa de soluções integradas de saúde, além da atuação no varejo farmacêutico.
Em 2022, crescemos 8,3% em número de farmácias, mantendo a trajetória de expansão e cumprindo a meta de abrir 260 novas unidades por ano, o que corresponde a, em média, a inauguração de uma nova farmácia por dia útil.
Fechamos o ano de 2022 com 2.697 farmácias – 1.127 da Droga Raia e 1.570 da Drogasil –, distribuídas em todos os estados brasileiros e Distrito Federal, que, juntas, somam 390.962,78 m3 de área total do espaço de varejo. Nossa presença em 540 municípios combinada a uma acelerada expansão, fazem da RD líder em número de farmácias e faturamento no varejo farmacêutico no Brasil.
Porém, apesar do crescimento ser um bom indicativo para RD, mais unidades representam mais obras, que resultam na geração de mais resíduos a serem descartados. Em 2022, geramos mais de 32 mil toneladas de resíduos em nossas operações. Desse montante, mais de 24 mil toneladas vieram da construção civil.
Pensando em como trabalhar esse tema de uma perspectiva mais sustentável, no mesmo ano iniciamos a estruturação de um modelo de gestão diferenciado para os resíduos de construção civil gerados pelas obras do Grupo RD.
Esse modelo tem o objetivo de promover a gestão dos resíduos desde o canteiro, passando pelo transporte, até sua destinação final, sempre de forma ambientalmente correta.
Para gerenciar este projeto, estabelecemos parcerias com empresas e associações especializadas no tema, entre elas, a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que nos ajuda a entender mais profundamente a dimensão do nosso desafio.
Adicionalmente, atuamos em conjunto com a Trashin – empresa especializada na gestão sustentável de resíduos –, que também nos apoia na prospecção de destinos adequados para os resíduos de construção gerados nas obras da RD.
Para engajar fornecedores, promovemos workshops sobre o tema, preparando empreiteiras e construtoras para esse novo modelo. Nas obras selecionadas, os profissionais recebem treinamento completo e especializado sobre boas práticas, os transportadores e destinadores são submetidos a um criterioso processo de homologação e, uma vez aprovados, são escolhidos para seguir com o tratamento dos resíduos.
Ao todo, em 2022, 24 construtoras parceiras da RD foram envolvidas e capacitadas nesse projeto, que englobou obras em 14 estados e 61 municípios espalhados por todo o território nacional.
Vale mencionar que as empreiteiras assinam com a RD um Termo de Responsabilidade Ambiental para mitigar qualquer tipo de risco ou passivo ambiental, formalizando que elas se responsabilizam pelo descarte correto dos resíduos e pela efetivação prática dos conceitos acordados para o projeto.
Em 2022, geramos 24.205 toneladas de resíduos de construção civil.

Gestão da Prática Relatada:

“Desenvolvemos um sistema de planejamento e gestão muito sólido para o projeto, a partir da unificação dele com a gestão dos processos relacionados à expansão da RD. Dessa forma, crescimento e sustentabilidade caminham lado a lado e as decisões tomadas sempre levam em conta estes dois aspectos.
Utilizamos um sistema de gestão online para garantir que todo o processo seja registrado e regido pelo mesmo lugar, de maneira interativa e completa. Adotamos a plataforma Monday para garantir desde a documentação até o planejamento, as metas e os indicadores sejam acessíveis para toda a equipe envolvida.
Também é por lá que realizamos a interação entre os stakeholders do projeto, que incluem: gestores de obras, Trashin e construtoras, além dos responsáveis por gerir o projeto dentro da própria RD.

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

“Uma das nossas metas norteadoras, pensando na continuidade do projeto, é um dos 35 compromissos de sustentabilidade até 2030, que assumimos publicamente com a sociedade: “”zerar o uso de aterros nas operações (matriz, lojas e centros de distribuição””.
Pensando nisso, em 2023, o novo modelo de gestão de resíduos de construção civil nas obras RD, levando em conta o descarte sustentável, passa a valer também para as obras realizadas nos novos centros de distribuição (CDs), começando pelo novo CD em Manaus, no Amazonas. Também seguimos este mesmo modelo para as obras de reforma da matriz da RD, que se iniciaram em 2022 e continuam em 2023.
Outro fator relevante é que os aprendizados sobre descarte sustentável e conceitos de economia circular na construção civil adquiridos no projeto ultrapassam os limites do negócio da RD, isso porque as construtoras envolvidas nas obras, que acontecem em diferentes regiões do Brasil, têm a oportunidade de conhecer e trabalhar com players ambientalmente corretos em relação ao descarte de resíduos, algumas delas pela primeira vez.
A oportunidade de conectar a indústria da construção civil a iniciativas sustentáveis pode influenciar que as construtoras adotem prontamente essas medidas em obras futuras que não sejam relacionadas à RD ou, ao menos, prepare-as para saber lidar com os conceitos de economia circular e gestão consciente de resíduos quando outros nomes do varejo decidirem investir nessa ideia.
Apesar do projeto demonstrar um grande potencial de ser expandido e alcançar diferentes regiões brasileiras e setores industriais em larga escala, alguns desafios merecem atenção: a infraestrutura nacional ainda não se mostra preparada para o tema e uma prova disso é a disponibilidade de usinas de reciclagem. Hoje, o país conta com apenas 380 unidades (todas associadas da Abrecon). Outra frente que também precisa de investimentos é a conscientização e o treinamento da mão de obra sobre abordagens mais sustentáveis na construção civil.