GERDAU ACOS LONGOS S.A
A Gerdau é a maior produtora de aço brasileira, possui 29 unidades industriais para produção de aços longos, planos e especiais e conta com 30 mil colaboradores nas Américas. No Brasil possui 2 minas de minério de ferro para consumo próprio e florestas plantadas para produção de biorredutor.Entendemos a relevância das mudanças climáticas e seus impactos socioambientais no mundo, provocados especialmente pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelo setor industrial. A indústria do aço é responsável por aproximadamente 7% das emissões globais de CO2 (IEA, 2020). Por isso, a redução dessas emissões é considerada extremamente relevante em nossa jornada de sustentabilidade.
Estruturamos uma estratégia de médio e longo prazo para ser parte das soluções para uma economia de baixa emissão de carbono. Nossa meta é atingir 0,82 tCO2e/t de aço até 2031. Hoje, nossa intensidade é de 0,86 tCO2e/t de aço (Escopos 1 e 2 – ano base 2020: 0,93). Nossa estratégia de descarbonização é baseada em: maior eficiência energética e operacional; ampliação do uso de sucata na matriz de produção; expansão da base florestal e investimentos no negócio de energia renovável; e investimentos em novas tecnologias e inovação aberta. Também temos a ambição de alcançar a neutralidade em carbono até 2050, mas para isso, são necessárias tecnologias disruptivas na produção do aço, que ainda não são econômica e operacionalmente viáveis em escala industrial.
Para definição desta meta, que está atrelada ao Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP) de nossas lideranças seniores, mostrando o compromisso da Companhia com o tema, adotamos o uso da Marginal Abatement Cost Curve (MACC). Contamos com o apoio de consultores especializados e estudamos os cenários de mudanças produtivas e tecnológicas com o menor custo efetivo de carbono.
Dentre as primeiras iniciativas priorizadas na MACC da usina de Ouro Branco (maior unidade produtiva da Gerdau no mundo), localizada em Minas Gerais, em termos de capacidade de redução de GEE e cujos investimentos serão mais custo-efetivos, o uso de Biocoke foi priorizado para início imediato, por não ser necessitar de investimentos Capex. O projeto consiste na substituição parcial do carvão mineral por biomassa para produção do Biocoke.
Como a Gerdau é a maior produtora mundial de carvão vegetal, foi iniciada a implantação do projeto utilizando biomassa de finos de carvão vegetal. Na fase 2, futuramente, pretendemos avançar no aproveitamento de resíduos agrícolas, como resíduos de milho, casca de café e bagaço de cana, explorando o grande potencial de geração desse tipo de biomassa no Brasil.
O aço é um material essencial, insubstituível, infinitamente e 100% reciclável, que está na vida de milhões de pessoas em diversos momentos ou lugares de suas rotinas, nas casas em que elas moram e nos meios de transporte que elas usam. Ele está presente ainda, nas novas tecnologias de produção de energia, como insumo de painéis solares e torres eólicas, e nas novas soluções em infraestrutura, sendo, então, um material crucial para o processo de descarbonização do planeta.
Na Gerdau, temos oportunidade de gerar valor para o Negócio em todas as operações. 72% da produção de aço no mundo vem da rota integrada (WSA, 2022), que utiliza carvão mineral em seus altos-fornos e possuem uma intensidade média de emissão de 2,33 tCO2/t de aço (WSA, 2022). A usina de Ouro Branco, onde o Biocoke é produzido e utilizado, é a única usina integrada a coque da Gerdau. Por isso, o projeto faz parte da estratégia de descarbonização da Companhia e tem alto valor agregado.
Além disso, os finos de carvão vegetal utilizados no Biocoke, vem das nossas florestas plantadas. A Gerdau é a maior produtora de carvão vegetal do mundo e possui mais de 250 mil hectares de base florestal em Minas Gerais, sendo 90 mil para conservação da biodiversidade. A floresta contribui para o combate ao efeito estufa e, consequentemente, ao aquecimento global, devido à sua alta capacidade em absorver CO2 da atmosfera através da fotossíntese. Por esse motivo, a biomassa possui emissão zero de CO2 e é considerada renovável.
Nas últimas duas décadas, diversos centros de pesquisa e universidades desenvolveram trabalhos relacionado com o uso de biomassa na produção de coque, especialmente na China e nos Estados Unidos. Há mais de 1.700 estudos científicos mapeados no mundo sobre este assunto.
Apesar de nossa localização geográfica, que possibilita grande disponibilidade de biomassa, outros fatores contribuem para o pioneirismo da Gerdau neste tema. A utilização de biomassa nos processos siderúrgicos, mais especificamente na coqueria, não é tão trivial. Vários estudos apontam para uma queda na resistência e um aumento na reatividade do coque produzido.
Após vários anos de pesquisa e desenvolvimento, a Gerdau conseguiu consolidar uma estratégia de inserção de biomassa na carga sem prejudicar a qualidade do coque ou Biocoke após adição da biomassa. Nesse contexto, a Gerdau é pioneira ao implementar a inserção deste material na coqueria em escala industrial de forma estrutural, com resultados consistentes na redução de emissões de GEE, tornando-se referência para a indústria.
A Gerdau é a maior produtora de aço brasileira, possui 29 unidades industriais para produção de aços longos, planos e especiais e conta com 30 mil colaboradores nas Américas. No Brasil possui 2 minas de minério de ferro para consumo próprio e florestas plantadas para produção de biorredutor.Entendemos a relevância das mudanças climáticas e seus impactos socioambientais no mundo, provocados especialmente pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelo setor industrial. A indústria do aço é responsável por aproximadamente 7% das emissões globais de CO2 (IEA, 2020). Por isso, a redução dessas emissões é considerada extremamente relevante em nossa jornada de sustentabilidade.
Estruturamos uma estratégia de médio e longo prazo para ser parte das soluções para uma economia de baixa emissão de carbono. Nossa meta é atingir 0,82 tCO2e/t de aço até 2031. Hoje, nossa intensidade é de 0,86 tCO2e/t de aço (Escopos 1 e 2 – ano base 2020: 0,93). Nossa estratégia de descarbonização é baseada em: maior eficiência energética e operacional; ampliação do uso de sucata na matriz de produção; expansão da base florestal e investimentos no negócio de energia renovável; e investimentos em novas tecnologias e inovação aberta. Também temos a ambição de alcançar a neutralidade em carbono até 2050, mas para isso, são necessárias tecnologias disruptivas na produção do aço, que ainda não são econômica e operacionalmente viáveis em escala industrial.
Para definição desta meta, que está atrelada ao Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP) de nossas lideranças seniores, mostrando o compromisso da Companhia com o tema, adotamos o uso da Marginal Abatement Cost Curve (MACC). Contamos com o apoio de consultores especializados e estudamos os cenários de mudanças produtivas e tecnológicas com o menor custo efetivo de carbono.
Dentre as primeiras iniciativas priorizadas na MACC da usina de Ouro Branco (maior unidade produtiva da Gerdau no mundo), localizada em Minas Gerais, em termos de capacidade de redução de GEE e cujos investimentos serão mais custo-efetivos, o uso de Biocoke foi priorizado para início imediato, por não ser necessitar de investimentos Capex. O projeto consiste na substituição parcial do carvão mineral por biomassa para produção do Biocoke.
Como a Gerdau é a maior produtora mundial de carvão vegetal, foi iniciada a implantação do projeto utilizando biomassa de finos de carvão vegetal. Na fase 2, futuramente, pretendemos avançar no aproveitamento de resíduos agrícolas, como resíduos de milho, casca de café e bagaço de cana, explorando o grande potencial de geração desse tipo de biomassa no Brasil.
Inserindo até 2% de biomassa, em substituição ao carvão mineral na coqueria, há uma redução de, aproximadamente, 32kgCO2e/t de aço, ganhos de cerca de 3US$/t de coque e desenvolvimento de comunidades locais para fornecimento de biomassa.
Ganhos ambientais
Em 2023, utilizamos aproximadamente 30 mil toneladas de biomassa na usina de Ouro Branco e deixamos de emitir mais de 90 mil toneladas de CO2e. Este valor equivale ao plantio de mais de 630 mil árvores e mais de 48 mil veículos rodando por um ano.
Considerando a fase 2 do projeto do Biocoke, ao incluir resíduos agrícolas pirolisados nesta mistura de carvão, não se verifica apenas uma redução nas emissões de GEE, mas também, cria-se uma rota alternativa, capaz de dar destino final aos resíduos da agricultura brasileira. São geradas, anualmente, 775 milhões de toneladas desses resíduos agrossilvipastoris (SINIR, 2015), que atualmente não possuem nenhuma especificidade definida para sua utilização na visão de uma economia circular.
Ganhos econômicos
A Gerdau, maior produtora de carvão vegetal do mundo, tem a oportunidade de aproveitar seu estoque de carvão vegetal como matéria-prima para a produção de aço na composição da mistura de carvão. Devido à baixa qualidade do carvão brasileiro, é comum que a indústria do aço importe carvão de outros continentes para a produção de aço em usinas integradas a coque. Portanto, o custo de obtenção dessa biomassa é menor, se comparado ao carvão importado. O consumo de 2% de finos de carvão vegetal um ganho de cerca de 3USD/t de coque, equivalente a 4,5MUSD/ano.
Com relação às previsões econômicas da segunda fase do projeto, no Brasil, o agronegócio destaca-se entre as indústrias que influenciam diretamente a economia do país, e, conseqüentemente, gera uma quantidade significativa de resíduos agrícolas. Portanto, o reaproveitamento desses resíduos, é uma potencial oportunidade econômica para aumentar o percentual de biomassa no coque. Esses resíduos têm custo inferior ao do carvão vegetal, não são reaproveitados a nível industrial e colaboram com a economia circular.
Ganhos sociais
A Gerdau promove iniciativas de educação ambiental junto às comunidades que são diretamente impactadas pelos seus negócios, a fim de contribuir com a formação da população e o conhecimento relacionado ao tema mudanças climáticas e aos compromissos e iniciativas assumidos pela empresa em relação às metas de redução de CO2.
Baseando-se no princípio de desenvolvimento local e da economia circular, com o projeto Biocoke, a Gerdau espera contribuir para o desenvolvimento da cadeia de abastecimento local próxima à usina de Ouro Branco, desde a produção de insumos vegetais até a logística de abastecimento da Usina.
Junto com a construção da MACC, também foi desenvolvido o Roadmap de Descarbonização e, ambos os produtos foram apresentados desde a diretoria até o nível operacional da Gerdau, com indicadores aplicados à rotina. Eles também foram incluídos no Plano Estratégico Anual da usina de Ouro Branco. Esta governança é de extrema importância para a Gerdau, uma vez que a meta de redução de emissões de GEE está atrelada ao Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP) de nossas lideranças seniores.
O Biocoke é uma iniciativa que apresenta impacto direto na redução de emissões de GEE, além de ganhos econômicos e sociais, que pode ser implementado em curto prazo.
Nas últimas duas décadas, diversos centros de pesquisa e universidades desenvolveram trabalhos relacionado com o uso de biomassa na produção de coque, especialmente na China e nos Estados Unidos. Há mais de 1.700 estudos científicos mapeados no mundo sobre este assunto, destacando-se o grande potencial desta solução para a indústria global do aço, em linha com as particularidades de disponibilidade de resíduos de biomassa em cada país. O projeto Biocoke foi apresentado na EuroCoke, em 2021, em Amsterdã, na Holanda.
Como fase 2 do projeto do Biocoke, pretendemos incluir resíduos agrícolas pirolisados na mistura de carvão. Neste caso, não se verifica apenas uma redução nas emissões de GEE, mas também, cria-se uma rota alternativa, capaz de dar destino final aos resíduos da agricultura brasileira, fomentando a economia circular