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Ano: 2023

Autonomia Hídrica em uma das principais fábricas da PepsiCo, em Itu

PepsiCo do Brasil LTDA.

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

“A PepsiCo, guiada pela sua estratégia ESG global, PepsiCo Positive (pep+) – que reúne ações de ponta a ponta para gerar crescimento e valor ao mesmo tempo em que inspira mudanças positivas para as pessoas e o planeta – elenca, entre seus pilares, desenvolver uma Cadeia de Valor Positiva. Com essa premissa, a companhia busca atuar para que sua produção traga menos impactos ao meio ambiente e, entre suas metas globais, está atingir impacto hídrico positivo até 2030, por meio de ações como a redução do uso de água limpa em toda a sua operação. Assim, em 2022, celebrou os primeiros cem dias sem a captação de recursos externos para manter a operação da sua fábrica de Itu, no interior de São Paulo, e no primeiro semestre de 2023 conquistou a autonomia hídrica total.
Para isso, implantou um sistema pioneiro no país dentro da planta fabril em Itu (SP), sua principal operação no Brasil, para solucionar seu problema de uso de água em uma região com alto risco de escassez hídrica, e manter sua operação local, gerando renda para os mais de 750 trabalhadores e suas famílias. Por meio do tratamento de efluentes utilizados em toda a sua planta local, a partir de um sistema inovador, o MBR/OR (Biorreatores de Membrana/ Osmose Reversa), a empresa potabiliza em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) própria o total de seus efluentes industriais, em um sistema fechado que retorna essa água tratada para o processo industrial. Assim, em 2019, a PepsiCo conseguiu reduzir o seu consumo de água captada da natureza em 60% a partir da implantação do sistema.
Para alcançar o objetivo recém-conquistado de autonomia hídrica total, a PepsiCo passou a receber efluentes de outras fábricas proprietárias em São Paulo (Itaquera e Sorocaba), além da fazer uma parceria com outra grande fabricante de bebidas da região, que mantém operação fabril próxima, para integrar o volume necessário de água que necessita para proporcionar autonomia hídrica na sua produção em Itu. Assim nasceu o projeto de Autonomia Hídrica da PepsiCo em Itu. Hoje, a operação trata um volume total de 1.070.000 litros/dia, sendo 3% da fábrica própria de Itaquera, 22% de sua operação em Sorocaba, 28% da fábrica da empresa parceira na região, além de outros 47% advindos da própria operação de Itu.
Isso significa que, a partir dos avanços desenvolvidos com todas as iniciativas de redução do uso de água e a implantação do MBR/OR, a PepsiCo conquistou o que chama de 0 l/kg na operação de Itu (zero água captada da natureza por quilo de alimento produzido), uma redução de 100% no indicador.”

Relevância para o Negócio:

“O projeto beneficiou a PepsiCo do Brasil de diversas maneiras. A empresa entende que o fator ambiental é fundamental para a sociedade, para a saúde do planeta, e para seus negócios. Não precisar mais captar água da natureza para a produção de alimentos em uma das maiores operações da companhia no Brasil é um ganho excepcional, podendo servir como modelo para outras empresas e para a própria PepsiCo, além de auxiliar nas metas globais da companhia, de atingir impacto hídrico positivo até 2030.
Outro ponto importante é que o fator hídrico é determinante para a operação da companhia, que inclusive já foi afetada pela falta de recursos hídricos naturais – assim como toda a região, e precisou aumentar seus investimentos, bem como buscar alternativas para manter sua produção e a geração de renda local. A autonomia hídrica total proporciona uma série de benefícios econômicos e fiscais, não só para a operação de Itu, mas também para as demais unidades que fazem parte do processo, reduz custos e diminui os riscos de desabastecimento, proporcionando maior segurança para a manutenção de sua operação fabril. Outro ponto é que a ação também impacta positivamente na relação com seus stakeholders, ao não utilizar recursos hídricos da população local. A empresa foi reconhecida e homenageada por autoridades locais, além de conquistar notoriedade na imprensa nacional. ” A PepsiCo foi pioneira no Brasil na utilização do sistema MBR (biorreatores de membrana) para gerar água para seu processo industrial a partir de efluentes industriais e, ainda mais inovadora, pois trabalha de maneira complementar com a tecnologia de Osmose Reversa (OR). O projeto Autonomia Hídrica na PepsiCo em Itu faz parte da agenda ESG da companhia (pep+), que inclui a busca pela preservação do meio ambiente e pela redução do consumo de recursos naturais, como a água.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

Não informado

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

“A PepsiCo, guiada pela sua estratégia ESG global, PepsiCo Positive (pep+) – que reúne ações de ponta a ponta para gerar crescimento e valor ao mesmo tempo em que inspira mudanças positivas para as pessoas e o planeta – elenca, entre seus pilares, desenvolver uma Cadeia de Valor Positiva. Com essa premissa, a companhia busca atuar para que sua produção traga menos impactos ao meio ambiente e, entre suas metas globais, está atingir impacto hídrico positivo até 2030, por meio de ações como a redução do uso de água limpa em toda a sua operação. Assim, em 2022, celebrou os primeiros cem dias sem a captação de recursos externos para manter a operação da sua fábrica de Itu, no interior de São Paulo, e no primeiro semestre de 2023 conquistou a autonomia hídrica total.
Para isso, implantou um sistema pioneiro no país dentro da planta fabril em Itu (SP), sua principal operação no Brasil, para solucionar seu problema de uso de água em uma região com alto risco de escassez hídrica, e manter sua operação local, gerando renda para os mais de 750 trabalhadores e suas famílias. Por meio do tratamento de efluentes utilizados em toda a sua planta local, a partir de um sistema inovador, o MBR/OR (Biorreatores de Membrana/ Osmose Reversa), a empresa potabiliza em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) própria o total de seus efluentes industriais, em um sistema fechado que retorna essa água tratada para o processo industrial. Assim, em 2019, a PepsiCo conseguiu reduzir o seu consumo de água captada da natureza em 60% a partir da implantação do sistema.
Para alcançar o objetivo recém-conquistado de autonomia hídrica total, a PepsiCo passou a receber efluentes de outras fábricas proprietárias em São Paulo (Itaquera e Sorocaba), além da fazer uma parceria com outra grande fabricante de bebidas da região, que mantém operação fabril próxima, para integrar o volume necessário de água que necessita para proporcionar autonomia hídrica na sua produção em Itu. Assim nasceu o projeto de Autonomia Hídrica da PepsiCo em Itu. Hoje, a operação trata um volume total de 1.070.000 litros/dia, sendo 3% da fábrica própria de Itaquera, 22% de sua operação em Sorocaba, 28% da fábrica da empresa parceira na região, além de outros 47% advindos da própria operação de Itu.
Isso significa que, a partir dos avanços desenvolvidos com todas as iniciativas de redução do uso de água e a implantação do MBR/OR, a PepsiCo conquistou o que chama de 0 l/kg na operação de Itu (zero água captada da natureza por quilo de alimento produzido), uma redução de 100% no indicador.”

Gestão da Prática Relatada:

“Desde 2009, a PepsiCo já atuava com a missão de reduzir significativamente o consumo de água em todas as etapas de sua produção, e repensou seu trabalho no pilar. Nesse mesmo ano, foi realizada a implementação do programa ReCon (Resource Conservation) que destinou US$ 7,3 milhões para a redução do uso de água por quilo de alimento fabricado. Com essa iniciativa, a operação de Itu evolui de um total de 9,9 l/kg gastos de água por quilo de alimento fabricado em 2015 para, em 2020, 2,9 l/kg.
Mesmo com os investimentos realizados, a operação ainda dependia de recursos externos complementares, ou seja, não garantia sua autossuficiência hídrica na fábrica – o que incentivou o avanço de pesquisas e esforços de times multidisciplinares em busca de uma solução. Com esta visão crítica sobre o futuro, foram realizados estudos e avaliações de alternativas. Um dos cenários potenciais identificados foi o de que o sistema MBR/OR na fábrica de Itu poderia tratar e produzir mais água se pudesse receber efluentes externos aos de sua operação para serem tratados e utilizados.
Para iniciar o projeto foi feita uma análise de todas as características físico-químicas dos efluentes das fábricas próprias em Itu, Sorocaba, Itaquera e de outra grande empresa produtora da região para entender como seria o comportamento dos efluentes dentro do sistema MBR/OR e se a tecnologia teria a capacidade de tratar com eficiência esse recurso – no volume desejado.
Com base nessa análise, conquistou-se uma validação técnica da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para iniciar o processo. Isto foi resultado do planejamento e do trabalho de uma grande equipe multidisciplinar da PepsiCo, parceiros e fornecedores, que juntos realizaram estudos, testes e um roteiro minucioso para garantir a vida útil dos equipamentos e a conquista da autonomia hídrica na fábrica da PepsiCo em Itu.”

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

A PepsiCo já está expandindo essa tecnologia para outras duas unidades em Curitiba (PR) e Sete Lagoas (MG), com previsão de início dessas operações das Estações de Efluentes (ETE’s) pelos novos sistemas MBR/OR em 2024. Como objetivos adjacentes, a PepsiCo ambiciona tornar-se referência em gestão de recursos hídricos para outras empresas e instituições na região de Itu e no país, bem como inspirar e apoiar a comunidade local que vive em situação de risco hídrico – sem deixar de operar nesta e outras localidades, possibilitando a geração de renda por meio da empregabilidade. Os investimentos que estão sendo feitos nas operações brasileiras, a exemplo desses em Itu, são primordiais para a busca da meta global da PepsiCo de atingir impacto hídrico positivo até 2030.