NEOENERGIA S.A
O tema adaptação climática está sendo cada vez mais estratégico para instrumentalizar os negócios com informações a respeito das tendências e ameaças climáticas futuras e sensibilidade dos equipamentos aos eventos climáticos. Estudar o comportamento futuro das condições meteorológicas surge como uma ferramenta essencial para a resiliência das redes de distribuição de energia.
Diante desse cenário, iniciou-se em 2023 um Projeto de Adaptação Climática com foco na distribuição por meio da participação de um Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas formado pelas áreas de Inovação, Sustentabilidade, Operação e Redes, Riscos e Segurança Corporativa da Neoenergia em parceria com o Climatempo, que teve como objetivo realizar análise da vulnerabilidade ao risco climático e elaboração de um plano de adaptação climático para os impactos decorrentes das mudanças climáticas que afetam a operação e ativos e reforçar o compromisso da Neoenergia com a temática de ação climática.
O Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas teve como base os resultados dos projetos piloto de adaptação realizados em parceria com a COPPE/UFRJ em 2021, ajustando e expandindo a metodologia em todo o estado de Pernambuco, a partir dos resultados do estudo realizado pelo Climatempo. Nessa última frente, foi identificado o grau de exposição às ameaças climáticas de todos os municípios da distribuidora Neoenergia Pernambuco.
As ações construídas contaram com um grupo de trabalho do negócio de redes, onde ocorreram encontros presenciais e de forma virtual. Os encontros foram divididos em 5 etapas, visando a construção de um plano de adaptação climático.
Um plano de adaptação climática é essencial para que as empresas de distribuição de energia enfrentem os desafios impostos pelas mudanças climáticas, criando uma maior resiliência nos ativos e na sua operação.
Por meio do projeto foi possível realizar a elaboração de um estudo de cenarização climática, onde é avaliado não só as condições climáticas do ponto de vista histórico e sua relação com as interrupções da rede de energia, mas também os riscos futuros das mudanças climáticas para os quais a rede de energia pode ser afetada.
O projeto foi dividido em 5 Etapas:
Etapa 1: Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas da Neoenergia em parceria com o Climatempo:
Consistiu na análise das ameaças climáticas:
i) Avaliação das condições climáticas do ponto de vista histórico X relação com interrupções de energia;
ii) Riscos futuros das mudanças climáticas para a rede de distribuição;
Etapa 2: Áreas do Negócio + Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas da Neoenergia
Levantamento de informações da distribuidora Neoenergia Pernambuco:
i) Análise dos ativos e equipamentos frente as ameaças climáticas;
ii) Análise da capacidade adaptativa existente;
iii) Análise dos impactos na operação a partir de mudanças climáticas
Etapa 3: Áreas do Negócio + Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas da Neoenergia
Elaboração de Plano de Ação de Adaptação Climática
i)Mapeamento de ação/iniciativa X Ameaça X Sistemas Impactados;
ii)Construção de um plano de ação para adaptação a fim de reforçar a resiliência climática dos ativos
Nessa etapa definiu-se o plano de ação relacionado aos itens da etapa 2 que podem impactar o Negócio, tais como atendimento/prestação de serviço de distribuição de energia, indicadores operacionais: DEC (Duração Equivalente de Interrupções) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupções) e custos de manutenção de equipamentos.
Etapa 4: Áreas do Negócio + Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas da Neoenergia
Previsão de custos associados as ações:
i) Estimar os custos relacionados à implementação das ações com o objetivo de priorizá-las e traçar caminhos para obter esses recursos.
Etapa 5: Áreas do Negócio + Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas da Neoenergia
Estender piloto para as demais distribuidoras da Neoenergia.
Nessa etapa foi definida a priorização para aplicação das demais distribuidoras adequando o plano de ação de acordo com a realidade local.
Foram calculados e analisados indicadores de extremo climático do vento, temperatura e precipitação anual e decadal, utilizando dados de reanálise meteorológica do ERA5 (reanálise climática mais recente produzido pelo ECMWF – Centro Europeu de Previsão de Médio Prazo, que fornece dados horários sobre parâmetros atmosféricos) para caracterização do clima passado e atual, e dados do modelo Fgoals-g3 do CMIP6, identificado como o modelo mais representativo da região pelo teste t-Distributed Stochastic Neighbor Embedding (método estatístico para visualizar dados de elevada dimensão), para análise das projeções climáticas das décadas de 2021-2030 e 2031-2040.
Foram selecionados os cenários SSP2-4.5, classificado como intermediário, e o SSP5-8.5, definido como pessimista. Na caracterização climática também foram analisados dados de raios e queimadas observados por redes de sensoriamento remoto. Esse embasamento robusto, é o ponto de partida para o plano de adaptação climático da Neoenergia Pernambuco.
O tema adaptação climática está sendo cada vez mais estratégico para instrumentalizar os negócios com informações a respeito das tendências e ameaças climáticas futuras e sensibilidade dos equipamentos aos eventos climáticos. Estudar o comportamento futuro das condições meteorológicas surge como uma ferramenta essencial para a resiliência das redes de distribuição de energia.
Diante desse cenário, iniciou-se em 2023 um Projeto de Adaptação Climática com foco na distribuição por meio da participação de um Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas formado pelas áreas de Inovação, Sustentabilidade, Operação e Redes, Riscos e Segurança Corporativa da Neoenergia em parceria com o Climatempo, que teve como objetivo realizar análise da vulnerabilidade ao risco climático e elaboração de um plano de adaptação climático para os impactos decorrentes das mudanças climáticas que afetam a operação e ativos e reforçar o compromisso da Neoenergia com a temática de ação climática.
O Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas teve como base os resultados dos projetos piloto de adaptação realizados em parceria com a COPPE/UFRJ em 2021, ajustando e expandindo a metodologia em todo o estado de Pernambuco, a partir dos resultados do estudo realizado pelo Climatempo. Nessa última frente, foi identificado o grau de exposição às ameaças climáticas de todos os municípios da distribuidora Neoenergia Pernambuco.
As ações construídas contaram com um grupo de trabalho do negócio de redes, onde ocorreram encontros presenciais e de forma virtual. Os encontros foram divididos em 5 etapas, visando a construção de um plano de adaptação climático.
Entre os benefícios ambientais do projeto de adaptação as mudanças climáticas se encontram:
Eficiência Energética: promove maior eficiência na transmissão e distribuição de energia, reduzindo perdas e otimizando o uso dos recursos.
Resiliência: Ao considerar as mudanças climáticas, esse projeto fortalece a infraestrutura elétrica contra eventos extremos, como tempestades e inundações. Isso melhora a resiliência do sistema e reduz interrupções no fornecimento de energia.
Redução de Emissões: A distribuição de energia mais eficiente e resiliente pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Isso é crucial para combater as mudanças climáticas.
Impacto Social: benefício às comunidades locais, garantindo acesso confiável à energia. Isso é especialmente importante em áreas vulneráveis.
Segurança Energética: Melhorar a distribuição de energia aumenta a segurança energética, evitando apagões e garantindo o funcionamento contínuo de serviços essenciais.
O Conselho de Administração (CA) da Neoenergia considera as mudanças climáticas um elemento prioritário, integrando-o no processo de tomada de decisão.
O Comitê de Sustentabilidade é o órgão estatutário que assessora o CA em temas como contribuição para o desenvolvimento sustentável, descarbonização da economia, conscientização, combate e adaptação às mudanças climáticas, biodiversidade, ação social, preservação dos direitos humanos, qualidade e inovação.
A Superintendência de Inovação, Sustentabilidade, Mudança Climática e Responsabilidade Social Corporativa é responsável pelo acompanhamento das ações de atendimento à política, que inclui atividades de conscientização, desenvolvimento de ações voltadas à adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Já a Superintendência Corporativa de Riscos é encarregada de controlar e monitorar adequadamente os riscos estratégicos das atividades e dos negócios, incluindo questões climáticas.
Vale destacar que a Neoenergia incorporou o combate às mudanças climáticas como prioridade em seu Sistema de Governança Corporativa, aprovando a primeira Política sobre o tema em CA, em 19 de julho de 2018. A atual Política de Ação Climática estabelece o marco da estratégia e do modelo de negócios do grupo, alinhados ao Acordo de Paris e à Agenda 2030, na luta contra as mudanças climáticas, na mitigação e adaptação. Como as mudanças climáticas afetam as operações e ativos das redes de distribuição de energia, entendemos que se faz necessário contar com Planos de Ação para se adaptar à nova realidade climática dos próximos anos, além do posicionamento frente às mudanças climáticas, e demandas de financiadores (Por exemplo: International Finance Corporation – IFC, Banco Europeu de Investimentos – BEI, Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA) e outras partes interessadas.
Relatório de Sustentabilidade 2023 p. 29
Política de Ação Climática:
O projeto, que resultou no Plano de Adaptação as Mudanças Climáticas da Neoenergia Pernambuco, será replicado para as demais distribuidoras do Grupo Neoenergia: Elektro, Cosern, Coelba e Brasília. Portanto, o projeto realizado na Neoenergia PE serviu como um modelo para ser replicado as demais distribuidoras do Grupo, podendo ser formatado para outros ativos de outros negócios. Além disso, haverá o acompanhamento periódico das ações pré-estabelecidas nesse plano.
